Os preços dos alimentos caíram em maio e contribuíram para desacelerar a inflação do país, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação do grupo de alimentação e bebidas passou
Contribuíram para esse resultado as quedas do
“A queda nos preços do tomate pode ser explicada por um aumento da oferta devido ao avanço na safra de inverno, movimento inverso no caso da batata-inglesa, onde a safra de inverno ainda não é suficiente para suprir a demanda. Já no caso da cebola, questões relacionadas à importação do produto da Argentina influenciaram no aumento dos preços”, pontua o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.
A combinação desses efeitos fez com que a alta da alimentação no domicílio desacelerasse de 0,83% para 0,02% - a menor taxa mensal para o grupo também desde agosto de 2024 (-0,73%).
Já a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,58% em maio, frente ao 0,80% de abril. Ou seja refeição acelerou de 0,48% para 0,64% em maio, e o lanche, por sua vez, saiu de 1,38% em para 0,51% em maio.
Nesse mês de março, afirmou Gonçalves, os preços de alimentação fora do domicílio podem ter sido influenciados também por custos dos proprietários de estabelecimentos, como o da energia elétrica, cujo preço subiu 3,62%.
Maior impacto
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Habitação apresentou a maior variação (1,19%) e maior impacto (0,18 p.p.) no índice de maio, com os demais grupos de produtos e serviços pesquisados apresentando variação entre o 0,54% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,05% de Educação. Os grupos Transportes e Artigos de residência registraram variação negativa de 0,37% e 0,27%, respectivamente.