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Não caia em golpes! Entenda as diferenças entre azeite virgem, extravirgem e tipo único

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu seis marcas de azeite neste ano

Azeite extravirgem da Epamig

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu seis marcas de azeite neste ano, sendo todas apreendidas neste mês de maio. A determinação acende alerta e preocupa os consumidores: será que o azeite da minha casa é adequado?

Muitas apreensões de azeite são devido a um produto conter óleo ou alguma substância misturada que não deveria - o que descaracteriza como azeite. Para saber diferenciar é necessário entender as classificações: virgem, extravirgem ou tipo único.

  • Azeite Extravirgem: é o azeite extraído apenas de azeitonas por processos mecânicos, com temperatura controlada (mantendo a natureza original do produto). Ele é que tem a menor acidez. Para ser um extravirgem tem que ter a acidez menor que 0,8%; índice de peróxidos menor ou igual a 20 miliequivalente (meq) O2/kg;
  • Azeite virgem: também é apenas de azeitonas por processos mecânicos, com temperatura controlada. No entanto a acidez é pouco maior, e deve ser menor que 2,0%; índice de peróxidos ≤ 20 meq O2/kg;
  • Azeite de oliva tipo único: dos grupos “azeite de oliva” e “azeite de oliva refinado” eles são os mais indicados para cozinhar alimentos, especialmente frituras, pois mantêm as propriedades mesmo quando são expostos a altas temperaturas. A acidez deve ser menor que 1,0%; índice de peróxidos ≤ 15 meq O2/kg.

Como escolher um bom azeite?

  • Se o uso não for para frituras, opte sempre pelo extravirgem, mas esteja atento ao rótulo que indica a acidez.
  • De olho na embalagem: prefira garrafas de vidro escuro - elas preservam o azeite contra a luminosidade e temperatura
  • Data de validade: quanto mais novo melhor, se possível escolha um azeite da safra (atenção para a data de fabricação e não de envase);
  • Procedência e origem: escolha empresas idôneas. Dar preferência a azeites produzidos e envasados no mesmo lugar;
  • Conservação no ponto de venda: prefira azeites estocados em locais mais frescos.
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Efeitos do aquecimento do azeite

A forma mais comum de uso do azeite de oliva é a crua, sobre saladas, torradas e outros alimentos. Nesse caso, como não há qualquer tipo de processamento que possa causar algum tipo de degradação, todos os seus constituintes são ingeridos sem qualquer alteração, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Já o aquecimento intenso e prolongado do azeite, pode levar à degradação de alguns componentes, resultando em alterações de cor, sabor e textura e perdas nutricionais.

No entanto, as alterações dependem das condições do processo culinário (temperatura e tempo) e do tipo de produto a ser processado, além do número de vezes em que o óleo é utilizado, como no caso da fritura.

*Com informações da Epamig

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde