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Preço do ovo sobe mais de 20% em BH no mês de março: quando vai baixar?

A alta da proteína de forma geral em todo o Brasil foi de 19,44% em março, segundo a prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a alta é sazonal

O preço do ovo subiu 21,76% em março na Região Metropolitana de Belo Horizonte, comparado ao mês de fevereiro, segundo a prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta da proteína de forma geral em todo o Brasil foi de 19,44% em março, até o momento. Em seguida aparecem o tomate (12,57%), o café moído (8,53%) e as frutas (1,96%).

Na capital mineira, o mamão foi o alimento que mais inflacionou com alta de 38,66%, seguida pela melancia (25,17%), o tomate (19,39%) e o café moído que subiu 8,97%, segundo a prévia do IPCA-15 de março.

Por que o ovo está tão caro?

Vários fatores contribuem para a alta da proteína no último mês. No entanto, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca que a alta do preço do ovo para o consumo no Brasil é sazonal, ou seja é normal para o período, especialmente devido a Quaresma - quando os católicos substituem a carne vermelha por carnes brancas e ovos.

Além do motivo religioso, que antecipa a Páscoa, a gripe aviária intensificada nos Estados Unidos também contribui para a alta, já que a demanda aumenta e depende da produção das aves nacionais.

Em fevereiro, os Estados Unidos importaram 503 toneladas de ovos do Brasil, um aumento de 93,4% em relação ao mesmo mês do ano passado

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A alta na alimentação das aves, como o milho - que acumula mais de 30% de aumento acumulado desde julho do ano passado - também impacta a proteína.

Outro ponto é o calor extremo. O verão 2024/2025 foi o 6° mais quente da história do Brasil. ‘Há relatos de granjas com reduções de níveis de produtividade em torno de 10%, frente aos impactos térmicos do clima nas aves’, informou em nota a ABPA.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde