O verão 2024/2025, que se encerrou na última quinta-feira (20), foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961, com uma temperatura 0,34°C acima da média histórica do período de 1991 a 2020.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas ficaram acima da média em grande parte do Brasil, sendo as maiores observadas, principalmente no Rio Grande do Sul, devido à ocorrência de três ondas de calor que atuaram no estado: entre os dias 17 e 23 de janeiro de 2025; 2 e 12 de fevereiro de 2025, e 1º e 8 de março.
Mesmo sob a influência do
Segundo levantamento, os anos de 2023/2024, 2015/2016, 1997/1998 e 2009/2010 estavam sob influência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, potencializando o aumento de temperatura em várias regiões do planeta.
Para o Brasil, a última década foi mais quente que a anterior, conforme alertado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que enfatiza o aumento da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera e o aquecimento global.
Verão | Temperatura Média Observada (°C) | Média Histórica (°C) | Diferença (°C) |
2023/2024 | 26,20 | 25,47 | 0,73 |
2015/2016 | 26,14 | 25,47 | 0,67 |
1997/1998 | 26,07 | 25,47 | 0,60 |
2012/2013 | 25,90 | 25,47 | 0,43 |
2009/2010 | 25,83 | 25,47 | 0,36 |
2024/2025 | 25,81 | 25,47 | 0,34 |
*Dados: Inmet
Verão chuvoso
Além das altas temperaturas, o verão 2024/25 também foi marcado por muitas chuvas, principalmente em grande parte da Região Norte - Maranhão e norte do Piauí - com volumes superiores a 700 mm.
As chuvas superaram os 500 mm no Centro-Norte do país, exceto em Roraima, no centro-leste da Região Nordeste, no centro-sul do Mato Grosso do Sul, no oeste de São Paulo, no norte de Minas Gerais, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, além da parte central e oeste da Região Sul, onde foram observados menores volumes.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas foram predominantemente abaixo da média, com valores superando os 600 mm no centro-norte do Mato Grosso e em áreas pontuais de Goiás e São Paulo. Nas demais áreas, os acumulados de chuva foram mais baixos, variando entre 300 e 500 mm.
Na região Sul, foram registradas chuvas acima de 500 mm no leste do Paraná e de Santa Catarina. Nas demais áreas da região, as chuvas ficaram abaixo da média, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, onde os volumes de chuva durante o verão ficaram abaixo de 250 mm. A média histórica da região nesse período varia entre 400 e 500 mm.
O baixo volume de chuvas no Rio Grande do Sul impactou diversos setores, entre eles o agro, com a