Os representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Escritório de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) se reuniram no último dia 19 para debater o posicionamento do setor agropecuário brasileiro na Conferência do Clima (COP 30).
As práticas sustentáveis adotadas pelos produtores rurais para contribuir com a redução da emissão de gases de efeito estufa também foi tema da reunião.
Participaram da reunião o vice-presidente do CNA, Muni Lourenço, o diretor do FAO, Kaveh Zahedi, o representante da FAO no Brasil, Jorge Mezza, e o assistente Gustavo Chianca, o pesquisador e oficial sênior de recursos naturais da FAO, Martial Bernoux, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, e a assessora de Relações Internacionais, Elena Castellani.
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Kaveh Zahedi demonstrou interesse em conhecer as soluções e projetos sustentáveis, desenvolvidos pelo Sistema CNA/Senar para todos os produtores rurais brasileiros, e destacou a importância da COP 30, que será em novembro, em Belém (PA).
Para Muni Lourenço, a COP 30 é uma oportunidade de combater a desinformação sobre o país. “Nós temos diversos instrumentos que comprovam a sustentabilidade da produção rural, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que traz um ‘raio-X’ da propriedade rural, e o Código Florestal, que é a legislação ambiental mais rigorosa do mundo, entre outros”, disse.
Durante o encontro, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, falou sobre o trabalho do Sistema na transferência de tecnologia do campo. “A tecnologia precisa ganhar escala para chegar até o produtor. O plantio direto, por exemplo, já é algo usado há muitos anos e que contribui significativamente para o meio ambiente. Hoje, 70% da agricultura brasileira é feita por plantio direto”.