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Especialista explica quebra na safra de café desse ano e diz que perspectivas para 2025 não são boas

Ana Carolina Gomes explica como se deu a quebra e o impacto das adversidades climáticas na lavouras de café do próximo ano

Ana Carolina explicou, entre outros temas, como se dá a formação de preços do café

O bate-papo do Itatiaia Agro - canal da Itatiaia no YouTube, dessa semana foi com a analista de agronegócios do Sistema Faemg, Ana Carolina Gomes, mestre em desenvolvimento regional e agronegócio e considerada pela lista da Forbes, uma das 100 personalidades femininas mais importantes do agro no país. Ela falou aos jornalistas Fabiano Frade e Maria Teresa Leal sobre a quebra de 23% na safra de café desse ano, o impacto nas gôndolas dos supermercados e também sobre os preparativos para a Semana Internacional do Café 2024 que acontece de 20 a 22 de novembro no Expominas.

Segundo ela, a estimativa feita no final de 2023 foi bastante otimista, projetando uma safra de mais de 30 milhões de sacas, levando-se em conta o fato de ser um ano de bienalidade positiva. Só que com as poucas chuvas que caíram, o desenvolvimento dos frutos não ocorreu como o esperado. “Notamos que os grãos estavam miúdos, resultado das adversidades climáticas (ondas de calor entre setembro e outubro do ano passado e a ausência de chuvas nas regiões produtoras). Com isso, foram necessárias mais unidades de grãos para encher uma saca), o que acarretou na quebra de 23%”.

Segundo Carolina, há cinco anos, a cafeicultura não passa por bons momentos, em função do descontrole climático. Ora com temperaturas muito altas, ora com chuvas de granizo e geadas. Aliado a isso, a analista lembrou que Minas é, majoritariamente, produtor de café Arábica, espécie mais sensível às adversidades climáticas. “Ò Conilon e o Robusta são mais resistentes a essas oscilações”, disse.

Segundo Carolina, essa condição hoje - com o solo muito deficitário de água - já liga o alerta para a safra de 2025. “Há regiões onde não chove há mais de 150 dias, o que deixa as plantas muito estressadas e despreparadas para aguentarem o próximo ciclo. “Infelizmente, não vemos uma recuperação para a cafeicultura no curto prazo”, disse.

Veja a entrevista completa em:

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.