O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou as imagens de algumas impurezas encontradas em 14 marcas e lotes de café torrado. Na última sexta-feira (28), a pasta divulgou a lista dos produtos classificados como impróprios para consumo, após serem verificadas matérias estranhas e impurezas acima dos limites permitidos pela legislação vigente, a Portaria nº 570.
Segundo o Mapa, os cafés recolhidos são torrados e moídos. Por isso, as impurezas são microscópicas, sendo identificadas apenas em laboratório. Em uma imagem enviada pela pasta à Itatiaia, é possível ver as impurezas e matérias estranhas em uma das amostras analisadas, como casca de café, pau, milho e coco de açaí, por exemplo.
O coordenador de culturas da Emater-MG, Sérgio Brás, explica que essas impurezas costumam ser encontradas com mais frequência em cafés comuns. Ele afirma, que diferente dos cafés especiais, que são produzidos com mais cuidado, o café comum é feito sem muito cuidado na colheita e no pós-colheita porque trabalha-se com volume e tudo precisa ser feito de forma muito rápida.
“O café comum de má qualidade passa por uma torra severa para esconder os defeitos. Ele pode conter grãos verdes, brocados, pedras, paus, cascas de café e até pequenos insetos triturados. O resultado é que acaba se tornando um alimento pirogênico com elementos tóxicos como o carvão, o que não é bom para a saúde”, disse Sérgio.
Já o café especial tem frutos cuidadosamente selecionados, maduros e exige uma criteriosa secagem. Portanto, a dica mais importante é: “Fuja dos cafés de pó muito escuros e baratos”.
Comprei um dos cafés da lista, e agora?
Caso o consumidor tenha comprado produtos dos lotes interditados (veja a tabela abaixo), a orientação é para que deixem de consumi-los. As pessoas lesadas também podem pedir pela substituição dos itens, direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.
Caso o consumidor encontre algum dos cafés listados sendo comercializados, o Mapa pede para que seja comunicado através do canal oficial