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Câmara de Timóteo retoma tramitação de projeto sobre acessibilidade em supermercados

Medida foi adotada após correção de votos ao projeto, com erro na contagem alertado por vereador

Correção de ata confirmou placar de 7 a 5 e rejeitou parecer que barrava a proposta; PL prevê treinamento de funcionários para auxiliar consumidores com deficiência ou mobilidade reduzida em supermercados

A Câmara Municipal de Timóteo corrigiu, nesta segunda-feira (8), um erro na contagem de votos registrado durante a sessão ordinária do dia 4 de setembro. Com a mudança, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que apontava inconstitucionalidade no Projeto de Lei 4.672/2025, foi rejeitado, permitindo que a proposta continue em análise na Casa.

O ajuste ocorreu após o vereador Marcus Fernandes (PMB), autor do projeto, apresentar documentos comprovando que o resultado da votação foi anunciado de forma equivocada. Na semana passada, o placar havia sido divulgado como empate de 6 a 6, o que levou o presidente da Câmara, Adriano Alvarenga (PRD), a votar pela manutenção do parecer da CCJ, barrando o texto. No entanto, registros confirmaram que a votação terminou em 7 a 5 contra o parecer, garantindo a tramitação.

Fernandes, que acompanhou a sessão de forma remota, afirmou que não houve má-fé no episódio. “Quando isso tudo ocorreu, foi terminada a sessão, foi quando eu, por estar remotamente conectado aos trabalhos, percebi que a contagem foi feita de forma errônea. Diante desse fato, entrei com um requerimento para que a ata fosse aprovada com ressalva e essa correção fosse feita. O pedido foi ao plenário e, por unanimidade, aprovado”, disse.

Projeto prevê auxílio a pessoas com deficiência

O Projeto de Lei 4.672/2025 determina que supermercados e estabelecimentos similares com mais de 30 funcionários ofereçam assistência a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida durante as compras. A proposta prevê treinamento de colaboradores para auxiliar consumidores na leitura de rótulos, escolha de produtos e alcance de itens em prateleiras altas.

Para o vereador, a medida tem caráter social e busca garantir dignidade e inclusão. “Esse projeto, virando lei, traz dignidade, autonomia, acessibilidade, solidariedade e inclusão a todas as pessoas. A pessoa em cadeira de rodas, por exemplo, não consegue alcançar itens em prateleiras altas. Com funcionários treinados, terá condições de escolher o que deseja, e não apenas o que está ao seu alcance”, justificou.

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