Muita gente não se dá conta, mas está em nossas mãos a possibilidade concreta de salvar vidas. E para isto basta apenas dizer sim e comunicar esta decisão aos seus familiares. Este é um sim à doação de órgãos e este gesto aparentemente simples, ganha uma dimensão enorme ao representar uma chance real de sobrevivência a quem espera, muitas vezes durante anos, por um órgão compatível.
Com o objetivo de levar esta mensagem da importância da doação de órgãos, o Governo de Minas participa todos os anos da Campanha Setembro Verde. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque o dia 27 de setembro marca o Dia Nacional de Doação de Órgãos, uma data que celebra o ato generoso de doar vida e esperança.
Não há nenhum tipo de burocracia para as pessoas que desejam ser doadoras de órgãos. A doação precisa ser consentida, mas ao contrário do que muita gente ainda pensa, não é mais preciso incluir a informação em qualquer documento ou fazer registro em cartório; basta comunicar a família sobre esse desejo. Além de sensibilizar o doador em potencial, a Campanha Setembro Verde busca atingir também os familiares, já que na prática, dependerá deles a autorização da doação após a constatação da morte.
Segurança para doar
A Campanha Setembro Verde busca esclarecer ainda as dúvidas que cercam este assunto tão importante e às vezes tratado como tabu. A doação só é feita após o diagnóstico de morte encefálica, que é regulamentado por uma
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Esta resolução determina a necessidade de dois exames clínicos realizados por médicos diferentes e um exame complementar (gráfico, metabólico ou de imagem).
Um único doador de órgãos e tecidos pode beneficiar pelo menos dez pessoas. O doador falecido por morte encefálica pode doar fígado, rins, pulmões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. Já o doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos como córneas, pele, ossos, tendões e vasos sanguíneos.
Outro ponto importante esclarecido pela Campanha é que depois de retirados os órgãos e tecidos, a aparência do corpo do muda. E uma lei determina que os hospitais autorizados a retirar os órgãos têm que recuperar a mesma aparência que o doador tinha antes da retirada.
Existe ainda a possibilidade de doar órgãos em vida. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, caso haja compatibilidade sanguínea, condições adequadas de saúde e sejam atendidos requisitos legais.
Minas avança no transplante de órgãos
Graças ao esforço do Governo de Minas e uma resposta positiva da sociedade, o número de transplantes em Minas vem aumentando. Em 2020 foram efetivados 1.573 procedimentos. Este número subiu para 1.733 em 2021 e 2.003 em 2022, o que confirma a retomada das doações após o período da pandemia da covid-19.
Mas estes números ainda estão distantes do necessário para atender à demanda de transplantes no estado. E o maior motivo, infelizmente, ainda é a recusa das famílias para a doação de órgãos. Hoje, esta taxa de recusa está em torno de 45%, sendo que antes da pandemia ela era de 25%.
Fortalecimento da estrutura para os transplantes
Além de participar anualmente da Campanha Setembro Verde de esclarecimentos e incentivo à doação de órgãos, o Governo de Minas também vem promovendo uma série de ações para permitir a ampliação dos transplantes. Dentre as iniciativas estão a ampliação da frota de aeronaves, a inauguração da nova sede do MG Transplantes, a contratação de mais funcionários e a capacitação de novos médicos para o diagnóstico de morte encefálica. E neste 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Governo de Minas anunciou a retomada do serviço de transplante de pulmão no estado.
Dúvidas da população podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-2837183 ou pelo endereço da internet
Faça a sua parte também. Doe órgãos. Doe vida.