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Polícia do Mato Grosso investiga vídeo de onças decapitadas

A gravação viralizou nas redes sociais e gerou comoção entre os ambientalistas; um vaqueiro é o principal suspeito do crime

Polícia Civil do Mato Grosso investiga origem de vídeo que mostrava duas onças decapitadas e uma amarrada a um tronco

Após um vídeo de duas onças decapitadas e uma terceira amarrada a um tronco viralizar nas redes sociais, a Polícia Civil do Mato Grosso investiga o caso. A gravação gerou comoção entre ambientalistas.

Até o momento, as autoridades não têm informações sobre a origem do vídeo e nem sobre onde ele foi gravado. O principal suspeito do crime é um vaqueiro de 59 anos, do município de Várzea Grande, no Mato Grosso. O celular do homem e de outras pessoas ligadas à ele foram apreendidos.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Liliane Murata, a denúncia mais relevante sobre o caso foi feita por um freteiro que informou que teria sido contratado pelo vaqueiro para fazer uma viagem de Cuiabá a Cáceres, no Mato Grosso. O cuidador de gado teria contado para o denunciante que foi contratado para trabalhar como vaqueiro em uma fazenda de Cárceres, mas que também mataria onças por R$ 5 mil cada.

Nas gravações, alguns cachorros latiam e uivavam enquanto alguém mostrava os corpos das onças. De acordo com o freteiro, os cachorros que o homem levava eram muito parecidos com os que aparecem no vídeo.

No fim de março, o vaqueiro foi preso na cidade de Cárceres por maus-tratos a quatro cachorros da raça Americano que ele levava na carroceria de uma caminhonete. No momento em que ele foi detido, os oficiais também o interrogaram sobre as onças. O homem negou ter envolvimento com os vídeos e com a caça dos felinos.

Em abril, a Polícia Civil iniciou a operação Março Negro e cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços de Cárceres e de Várzea Grande. Na casa do vaqueiro, os militares encontraram chifres de cervo e munição, o que, para a polícia, é indicativo de que ele é um caçador. “Que ele é caçador, a gente sabe que é, pelo que encontramos na casa”, explicou a delegada. No entanto, as evidências não comprovam que ele teria envolvimento com o caso das onças pintadas.

O vaqueiro foi liberado após passar por audiência de custódia e negar ser o responsável pela morte e divulgação do vídeo das onças.

(Sob supervisão de Lucas Borges)

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