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Funcionária de escola é demitida por alimentar crianças que não tinham o que comer

Debbie Solsman foi desligada após oferecer refeições sem cobrança a estudantes que chegavam à escola sem dinheiro para o almoço

Debbie Solsman foi desligada após oferecer refeições sem cobrança a estudantes que chegavam à escola sem dinheiro para o almoço

Depois de trabalhar por 14 anos no refeitório da Denver Place Elementary, em Wilmington, no estado de Ohio, nos Estados Unidos, Debbie Solsman foi demitida. O motivo? Ela oferecia refeições sem cobrança a estudantes que chegavam à escola sem dinheiro para o almoço. A administração escolar entendeu o gesto como uma irregularidade administrativa.

Muito querida pela comunidade escolar, Solsman era vista por familiares e vizinhos como uma profissional humana. A demissão dela gerou uma grande comoção na comunidade local: pais, colegas e moradores organizaram campanhas de apoio.

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As autoridades da rede escolar, no entanto, defenderam que existem normas a serem cumpridas para garantir transparência e segurança, e que, segundo a administração, as políticas sobre merenda servem para manter o funcionamento correto do sistema.

O gesto da ex-funcionária da Denver Place Elementary era uma resposta imediata a uma situação que ela via com frequência.

Na escola, muitas crianças tinham como única refeição a que consumiam no colégio. Para Solsman, a atitude era simples, mas urgente: substituir um lanche insuficiente por um prato quente anotar pequenas dívidas em bilhetes e, até mesmo, usar recursos próprios para garantir que nenhuma criança ficasse sem comer.

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No entanto, como ela não registrava as vendas e fornecia alimentos sem o devido controle financeiro, a atitude foi vista pela administração escolar como falta de transparência e segurança no processo administrativo.

(Sob supervisão de Alex Araújo)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas