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Esta fonte inexplorada tem potencial para fornecer energia limpa por mais de 100 mil anos

Um estudo inédito revelou vastas reservas dos recursos que podem gerar eletricidade sem contribuir para a mudança climática

Em um estudo publicado no dia 13 de maio, na revista Nature Reviews Earth & Environment, os cientistas da Universidade de Oxford revelaram a existência de vastas reservas de fonte de energia limpa na crosta terrestre.

De acordo com o estudo, a crosta da Terra gerou uma quantidade de reservas para atender às demandas energéticas da humanidade por pelo menos 170 mil anos.

Os cientistas da Universidade de Oxford sugeriram que existem “sistemas de hidrogênio”, compostos por hidrogênio natural (H2), também conhecido como “hidrogênio branco” devido à sua pureza, armazenados sob os continentes.

Embora parte desse gás tenha sido perdido ou esteja inacessível, o restante ainda representa uma fonte natural importante de hidrogênio.

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Desafios

Segundo a ABC News, embora o uso do hidrogênio como fonte de energia renovável não seja uma ideia recente, sua aplicação ainda é bastante limitada. Estimativas apontam que apenas 0,1% da energia obtida a partir do hidrogênio atualmente é considerada “verde”.

Isso se deve ao fato de que a maior parte do hidrogênio ainda é produzida por métodos que envolvem vapor e hidrocarbonetos, os quais liberam dióxido de carbono (CO₂), contribuindo significativamente para a poluição atmosférica.

Para identificar onde os reservatórios de hidrogênio estão localizados e determinar os locais mais vantajosos para a extração econômica, foi criada uma espécie de “receita” para guiar a exploração.

O estudo se concentra nos “ingredientes” essenciais para fundamentar essa abordagem estratégica.Entre os aspectos considerados estão a quantidade de hidrogênio gerado, os tipos de rochas envolvidas e as condições geológicas em que ele se forma.

Além disso, analisa-se como o hidrogênio migra dessas rochas para o subsolo, quais fatores permitem a criação de um campo de gás e quais circunstâncias podem levar à perda ou destruição do hidrogênio.

Apesar das incertezas, os estudos nesse campo continuam avançando, com cientistas e especialistas concentrando esforços para entender melhor os processos de formação, localização e viabilidade de extração do chamado “hidrogênio branco”.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo