O reprocessamento é a recontagem dos votos, retirando da disputa todos os candidatos do PRD, devido à denúncia de fraude na cota de gênero. O partido teria lançado mulheres como candidatas a vereadora, mas pelo menos uma delas não fez campanha e não recebeu votos. A recontagem foi realizada no início da tarde desta sexta-feira (22), no cartório eleitoral.
Raimundo Nonato Silva, chefe do Cartório Eleitoral de Varginha, explica que o processo é parecido com o das eleições.
“O que a gente faz aqui é bem similar ao que a gente faz nas eleições. Só que nas eleições a gente recebe as mídias das urnas e aí a gente lança no nosso sistema e depois é feito o processamento dessas mídias. Depois a gente entra no sistema e manda totalizar, ou seja, a gente totaliza os votos que foram dados para determinados candidatos. O que ocorreu é que, com a decisão que aconteceu aqui, num processo de cassação do drape do partido, foi determinado que esse partido perdesse a sua validade aqui no município, em virtude de fraude à cota de gênero. E com isso foi determinada também a retotalização, ou seja, teve que diminuir, foi diminuído tanto o quociente eleitoral quanto o quociente partidário”, explica.
O chefe do Cartório Eleitoral ainda explica que, “aqueles vereadores que o partido teve o drape cassado, eles perderam o seu mandato, porque foi como se eles não tivessem participado da eleição. E dessa retotalização que a gente fez aqui, um procedimento bem rápido, levou em torno de 15 a 20 minutos, foi feita a retotalização e saíram aqueles que tiveram o diploma cassado e entraram novos vereadores”.
A Rádio Itatiaia Sul de Minas conversou com os vereadores Miguel da Saúde e Cássio Chiodi, que comentaram seus planos agora que assumem os cargos.
Miguel José de Lima, o Miguel da Saúde, afirma que o objetivo é trabalhar próximo da população. “Estou agora, de fato, e de direito, com o mandato em mãos e nós vamos continuar um trabalho que a gente sempre faz por Varginha, isso ao longo do tempo. A minha vida inteira foi um trabalho que eu sempre tenho vocação de trabalhar em prol do próximo, das pessoas. No serviço público em Varginha, eu já fui secretário municipal de habitação e promoção social, já fui diretor da guarda municipal. Farei o máximo de trabalhar cada vez mais em prol da população, em prol do desenvolvimento de Varginha. Lembrando que nós temos lá um papel importantíssimo no legislativo, que é o papel fiscalizador”.
Já Cássio Chiodi explica que vai focar em dar voz àqueles que não têm. “E o nosso mandato vai ser destinado, principalmente, àqueles que não têm voz. Na região periférica, às mulheres vítimas de violência doméstica, à pauta animal, que é muito importante, que hoje praticamente está abandonada, e à comunidade periférica. Na verdade, você tem que usar a política como vetor para fomentar, para desenvolver a comunidade, e não tirar em benefício a si próprio”.
A Câmara de Varginha ainda não tem previsão de quando os novos vereadores assumem, já que é preciso comunicado da Justiça. A informação é da Casa.