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Saúde masculina: como identificar e prevenir problemas no assoalho pélvico

Nos homens, musculatura é responsável por sustentar a bexiga, a uretra, o reto e a próstata

Quando se fala em saúde do assoalho pélvico, a maioria das pessoas pensa que essa é uma preocupação apenas das mulheres

O assoalho pélvico é tão importante para a saúde masculina quanto para a feminina. Nos homens, essa musculatura sustenta a bexiga, a uretra, o reto e a próstata.

Entre os principais sinais de alerta de problemas nessa região estão:

  • Escapes de urina;
  • Dificuldade para iniciar ou manter o jato urinário;
  • Dor na região perineal (entre o ânus e os testículos);
  • Desconforto durante a ereção ou ejaculação;
  • Constipação e sensação de evacuação incompleta.
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O urologista Leonardo Borges, do Einstein Hospital Israelita, destaca que “a musculatura do assoalho pélvico é essencial para a continência urinária e fecal, além de estar diretamente ligada à função erétil, ejaculatória e ao bom funcionamento intestinal. Quando está enfraquecida, tensa demais ou descoordenada, surgem sintomas que podem comprometer seriamente a qualidade de vida do homem”.

Desconhecimento a respeito do problema

Quando se fala em saúde do assoalho pélvico, a maioria das pessoas pensa que essa é uma preocupação apenas das mulheres, por causa de problemas gerados pelos efeitos da gravidez, do parto e da menopausa. Um estudo publicado no Journal of Women’s & Pelvic Health Physical Therapy evidencia essa falta de conhecimento por parte dos homens. Feita com 479 homens, a pesquisa revela que 32% dos participantes com idades entre 25 e 34 anos relataram algum tipo de disfunção urinária.

A maioria das disfunções pélvicas masculinas ocorre quando há um desequilíbrio muscular: ou os músculos estão frouxos demais (como no caso de homens que passaram por cirurgia de próstata) ou estão excessivamente tensionados, como resultado de estresse crônico, sedentarismo, má postura ou atividades de impacto.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é dado a partir da anamnese clínica e do exame físico do paciente. Em alguns casos, exames complementares como estudo urodinâmico, ultrassonografia perineal ou ressonância magnética da pelve podem ser solicitados.

O tratamento depende do trabalho conjunto do urologista com o fisioterapeuta especializado na região. “A fisioterapia pélvica masculina é uma das principais aliadas nesse processo. O tratamento pode incluir exercícios para fortalecer músculos enfraquecidos e técnicas de relaxamento para estruturas excessivamente tensionadas. Quanto mais cedo for iniciado, melhores os resultados. O segredo está em identificar corretamente o tipo de disfunção, o que exige uma avaliação especializada”, observa o especialista.

Também é possível prevenir problemas com pequenas mudanças no estilo de vida. Entre elas, não reter a urina por longos períodos, tratar constipações crônicas, corrigir a postura, fazer pausas após ficar muito tempo sentado, manter um peso adequado e evitar esforços excessivos ao levantar peso.

*Com informações de Agência Einstein

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.