Com 2026 se aproximando, vem as festas de fim de ano, retrospectivas de 2025 e as metas para o ano que vem. Para elaborá-las, é necessário ter atenção a algumas coisas.
Segundo a psicóloga especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental, Fernanda Fusco, para estabelecer metas, é importante refletir sobre o que realmente faz sentido para cada pessoa, evitando metas baseadas em expectativas externas.
“Uma boa prática é definir objetivos específicos, realistas e alinhados aos seus valores pessoais, reconhecendo também seus limites e recursos”, explicou.
“Metas muito amplas ou genéricas dificultam o acompanhamento e aumentam a chance de abandono; por isso, quanto mais concretas e mensuráveis forem, maior será a probabilidade de realizá-las com consistência ao longo do ano”, acrescentou.
Uma das principais formas de fazer boas metas é se conhecer. Segundo a especialista, o autoconhecimento funciona como um “guia interno que ajuda a identificar o que realmente importa e o que está desconectado da sua realidade emocional, mental e prática”.
“Quando a pessoa se conhece melhor, compreendendo seus padrões de comportamento, gatilhos, motivações e dificuldades, consegue estabelecer metas mais coerentes e sustentáveis. Isso evita que objetivos sejam construídos a partir de comparações sociais ou pressões externas, facilitando escolhas mais alinhadas à própria história, necessidades e momentos de vida”, explicou.
Como fazer, dicas e estratégias
A especialista recomendou dividir a lista de metas em áreas da vida, como saúde, finanças, carreira, relacionamentos e bem-estar emocional. Priorizar objetivos possíveis e que caibam na rotina é essencial.
“Outra recomendação é incluir prazos, critérios de acompanhamento e pequenas etapas intermediárias, pois isso reduz a sensação de sobrecarga e ajuda a manter o foco ao longo do ano”, disse.
“Revisar a lista periodicamente também é fundamental, já que metas podem ser ajustadas conforme surgem novas demandas ou mudanças de contexto”, acrescentou.
É importante lembrar também que metas são guias, não obrigações rígidas, segundo a psicóloga. Metas irreais ou excessivamente ambiciosas devem ser evitadas, uma vez que tendem a gerar frustrações.
“Celebrar pequenos avanços, reconhecer esforços e manter uma expectativa compatível com sua rotina e capacidade atual ajudam a construir um ano emocionalmente mais saudável e com menos autocobrança”, disse.
Perguntada sobre dicas de metas, a psicóloga orientou: “Uma dica central é trabalhar com metas que sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Outra orientação valiosa é transformar grandes objetivos em pequenas ações, pois isso aumenta a motivação e permite acompanhar resultados de forma mais concreta. Manter metas conectadas aos seus valores pessoais e ao estilo de vida que deseja construir também torna o processo mais significativo e duradouro. Por fim, incluir momentos de pausa para revisão e autocuidado ajuda a manter equilíbrio emocional e ajusta o percurso sem perder de vista o que é realmente importante”.