Ouvindo...

O que significa quando uma pessoa organiza as notas por valor, segundo a psicologia

A organização extrema pode ser um sintoma de um transtorno psicológico

Para especialistas em psicologia, há uma grande diferença entre ser organizado e levar esse hábito ao extremo

Manter a ordem é algo comum e até benéfico para o dia a dia. No entanto, quando esse comportamento se torna excessivo, pode causar certos problemas. Segundo a psicologia, organizar as notas de dinheiro por valor pode, em alguns casos, ser um sinal de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Por isso, é importante estar atento aos efeitos dessas ações na rotina.

Para especialistas em psicologia, há uma grande diferença entre ser organizado e levar esse hábito ao extremo. O problema começa, explicam os profissionais, quando um pequeno desajuste gera um incômodo desproporcional na pessoa. Ainda assim, é necessário destacar que nem todo comportamento obsessivo representa, de fato, um transtorno.

“O TOC se caracteriza por pensamentos obsessivos, geralmente acompanhados de rituais e ações repetitivas”, afirma a Associação TOC Madrid, ao jornal El Tiempo. Não há motivo para pânico, já que o TOC é o quarto transtorno psicológico mais comum, superando condições como esquizofrenia, anorexia nervosa e transtorno bipolar, segundo a Associação do Transtorno Obsessivo-Compulsivo da Andaluzia (TOCAS).

A Mayo Clinic também destaca que há uma diferença entre ser perfeccionista e ter TOC. ''Os pensamentos de alguém com Transtorno Obsessivo-Compulsivo não são apenas preocupações exageradas com problemas reais ou o prazer de ver as coisas limpas ou organizadas de uma maneira específica”, explica a instituição.

Quando o excesso de ordem se torna um problema

A Mayo Clinic orienta que é importante procurar ajuda médica quando os sintomas de TOC começam a interferir na vida cotidiana. Alguns dos sinais são:

  • Dedicação excessiva de tempo a rituais repetitivos
  • Problemas de saúde, como dermatite por lavagem frequente das mãos
  • Dificuldade para trabalhar, estudar ou manter uma vida social
  • Conflitos em relações pessoais
  • Queda na qualidade de vida
  • Pensamentos ou comportamentos relacionados ao suicídio.

* Sob supervisão de Enzo Menezes

Leia também

Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas