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Pneumonia e conjuntivite: médico alerta para risco de doenças no outono após ondas de calor

Oscilação climática da estação pode favorecer a proliferação de vírus e bactérias

Após um verão de intensas ondas de calor, o outono chega com a promessa de temperaturas mais amenas, mas traz um alerta para a saúde respiratória. De acordo com o médico alergista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), João Paulo de Assis, a oscilação climática característica desta estação pode favorecer a proliferação de vírus e bactérias, levando a um aumento na incidência e no agravamento de casos de alergias respiratórias.

O médico aponta que o outono brasileiro exige cuidados redobrados com a saúde, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Esses grupos apresentam maior risco de desenvolver infecções e resfriados devido ao comprometimento do sistema imunológico ou alterações no sistema de defesa.

O alergista orienta ainda a população a prestar atenção aos cuidados preventivos para evitar quadros infecciosos e suas complicações. Entre as recomendações, estão manter o calendário de vacinas atualizado, reforçar os hábitos de higiene das mãos e manter uma rotina saudável com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. “A adoção de cuidados preventivos é essencial para prevenir doenças típicas da estação”, conclui o médico. Veja as doenças mais comuns e as dicas:

  • Gripes e resfriados: o outono facilita a disseminação de vírus respiratórios como o Influenza, Rinovírus e Coronavírus sazonais. A tendência de permanecer em ambientes fechados e pouco ventilados contribui para o contágio. Os sintomas incluem febre, calafrios, dor de garganta, tosse, coriza, congestão nasal, dor de cabeça e fadiga. A prevenção pode ser feita através da vacinação anual contra a gripe, higiene das mãos, evitando contato com infectados e mantendo os ambientes arejados.
  • Rinite alérgica e sinusites: a queda da umidade e o aumento da concentração de poeira e ácaros podem desencadear crises de rinite alérgica, que podem evoluir para sinusite. Os sintomas da rinite são espirros, coriza, coceira no nariz e lacrimejamento. Já a sinusite se manifesta com dor e pressão facial, congestão nasal, secreção nasal espessa e amarelada, dor de cabeça e febre. Para prevenir e amenizar os sintomas, recomenda-se evitar o acúmulo de poeira, manter a casa limpa e ventilada, usar umidificadores em ambientes secos e realizar lavagem nasal com soro fisiológico frequentemente.
  • Bronquite e asma: pessoas com predisposição a doenças respiratórias como asma e bronquite podem sofrer crises mais intensas devido às mudanças climáticas e ao aumento de poluentes no ar. Os sintomas comuns são tosse seca ou com secreção, chiado no peito, dificuldade para respirar e sensação de aperto no peito. A prevenção envolve evitar a exposição a poeira, fumaça e poluição, além de seguir corretamente o tratamento médico prescrito.
  • Pneumonia: infecções virais e bacterianas podem se agravar para pneumonia, especialmente em idosos, crianças e imunossuprimidos. Os sintomas incluem febre alta, tosse com secreção amarelada ou esverdeada, dor no peito ao respirar e fadiga intensa. A vacinação contra pneumonia e gripe e a higiene frequente das mãos são importantes medidas preventivas.
  • Conjuntivite: a conjuntivite viral ou alérgica pode se tornar mais comum no outono devido ao ar seco e à maior exposição a alérgenos. Os sintomas são olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de areia nos olhos e secreção ocular. A prevenção inclui evitar o contato com os olhos sem lavar as mãos, não compartilhar objetos pessoais e manter uma boa higiene ocular.
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