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Câncer colorretal: Hospital das Clínicas da UFMG realiza mutirão de rastreamento da doença

Quando a doença é identificada e combatida precocemente, chances de cura são de aproximadamente 95%

Serão feitos 72 exames de colonoscopia em pacientes que já estão na fila

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai realizar um mutirão de rastreamento do câncer colorretal nos dias 18 e 20 de março. Serão feitos 72 exames de colonoscopia em pacientes que já estão na fila esperando pelo procedimento.

Durante a campanha, serão disponibilizadas três salas de exames. Nelas, estarão médicos anestesistas, endoscopistas e uma equipe de enfermagem.

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Vale lembrar que a colonoscopia é indicada para e mulheres que tenham mais de 45 anos. O exame identifica a presença dos pólipos, que são verrugas que aparecem no intestino devido a mutações genéticas e podem evoluir para um câncer.

Importância dos exames

O médico Rodrigo Roda, coordenador do Serviço de Endoscopia do HC-UFMG, destaca que o processo entre o aparecimento dos pólipos até um possível câncer leva cerca de 10 anos. Por isso é tão importante identificar a presença das verrugas e combatê-las o quanto antes. “Temos uma chance única de retirá-los e impedir o aparecimento do tumor colorretal”, aponta.

Além disso, o médico lembra que "é um exame rápido, seguro e realizado sob anestesia”. A colonoscopia também é importante porque, assim como no caso de outros canceres, o tratamento precoce traz uma chance maior de cura. “O câncer de intestino, quando encontrado nas fases iniciais, possui uma chance de cura de aproximadamente 95%, por isso é tão importante a realização da colonoscopia no momento correto”, aponta.

Sintomas de câncer colorretal

Nas fases iniciais, o câncer colorretal não apresenta sintomas. Quando há alteração do hábito intestinal, dor abdominal, presença de sangue nas fezes ou obstrução, o câncer já tende a estar em fases mais avançadas.

O médico também ressalta que condições como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn tornam o paciente mais propenso ao câncer colorretal. “Essas condições predispõem a alterações genéticas em que uma célula começa a multiplicar-se desordenadamente, formando o ‘pólipo’, que parece uma verruga dentro do intestino, com potencial de virar câncer”.

Como se prevenir

Para impedir o surgimento da doença, além de fazer exames de rotina, recomenda-se hábitos como uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos. “Uma dieta pobre em frutas, vegetais, carnes magras e alimentos com fibras, assim como o consumo excessivo de carnes vermelhas e/ou processadas, potencializa o risco para a doença. O sedentarismo, ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo também são fatores importantes”, alerta o endoscopista Rodrigo Roda.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.