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É possível diminuir o colesterol sem tomar remédios? Especialista de Harvard explica

No Brasil, 40% dos adultos têm nível do colesterol alterado; segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a proporção já é maior do que a ocorrência nos EUA

Você sabia que, no Brasil, 40% dos adultos têm nível do colesterol alterado? Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a proporção já é maior do que a ocorrência nos Estados Unidos.

Acompanhamento médico e medicação, quando orientada pelo especialista, são essenciais para controlar o quadro, já que, fora dos padrões, o colesterol pode afetar a saúde de diversas formas. O LDL em excesso, por exemplo, fica nas paredes das artérias, formando placas de gordura e entupindo esses vasos.

Mas apenas medicamentos ajudam a controlar esses níveis? O Dr. Christopher Cannon, professor de medicina de Harvard e editor-chefe da Heart Letter, explica, em artigo para o portal da universidade, que duas abordagens podem, segundo a ciência, ajudar na redução do colesterol: mudanças nos hábitos alimentares e suplementos dietéticos.

De acordo com Cannon, para atingir o nível recomendado de LDL (colesterol ruim) de 100 mg/dL ou menos, é importante trocar, na alimentação, a gordura saturada por gorduras insaturadas (como as encontradas em óleos vegetais, abacates e peixes gordurosos). Também é recomendado consumir muitos alimentos vegetais (como vegetais, frutas, feijões e grãos integrais – especialmente aveia), que são ricos em fibras e ajudam a diminuir o colesterol, tornando-o mais difícil de ser absorvido pelo intestino.

“Uma dieta saudável tem outros benefícios cardiovasculares, mesmo que seu LDL não caia muito. Por exemplo, muitos dos compostos encontrados em alimentos vegetais integrais e não processados ajudam a reduzir a inflamação”, afirma o especialista.

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Ele também explica que três suplementos dietéticos - casca de psyllium, esteróis vegetais e arroz vermelho fermentado - podem beneficiar a saúde do coração, mas apenas em quantidades modestas; portanto, é necessário cuidado.

A casca de psyllium, derivada das sementes da planta Plantago ovata, é conhecida principalmente como um tratamento para a constipação e está disponível em pó, wafers, barras e cápsulas. Ela ajuda a absorver ácidos biliares e colesterol, que são eliminados do corpo durante os movimentos intestinais.

Os esteróis vegetais, encontrados em plantas como nozes, soja, ervilha e colza (a fonte do óleo de canola), têm uma estrutura semelhante ao colesterol, ajudando a limitar a quantidade que o corpo pode absorver.

Já o arroz vermelho fermentado é feito cozinhando arroz branco com a levedura Monascus purpureus, que contém monacolina K, o mesmo ingrediente ativo da lovastatina, um medicamento prescrito para baixar o colesterol.

Apesar dos benefícios, Cannon faz um alerta: “Se você quiser experimentar esses produtos, faça-o apenas sob a supervisão de um médico.”

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Rúbia Coelho escreve em colaboração com a Itatiaia
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