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Câncer de bexiga: saiba sintoma e detalhes sobre a doença

Doença acomete mais homens, mas pode ocorrer em mulheres também

Irritação urinária, principalmente no grupo de risco da doença, pode indicar enfermidade

A Sociedade Brasileira de Urologia faz campanha neste mês de julho para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de bexiga. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), somente em 2024, devem ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres.

De acordo com Flávio Cárcano, médico Oncologista do Cancer Center da Oncoclínicas, especialista em câncer urológico, o câncer de bexiga é o câncer que surge no urotélio, que é o tecido que cobre a bexiga por dentro. “Este tipo de câncer está muito associado ao uso do cigarro, que é o fator de risco principal. A doença acomete mais os homens, mas pode ocorrer também em mulheres e, principalmente, pacientes com idades acima dos 60 anos”, explica.

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Sintomas do câncer de bexiga

“Considerando a população de risco, formada por pessoas com mais de 60 anos, homens que fumaram durante muito tempo ou ainda fumam, o principal sintoma associado a essa doença é a hematúria, que é aquela visualização de sangue misturado na urina”, explica o doutor.

"Às vezes, esses pacientes podem ter sintomas de irritação urinária, vontade de urinar toda hora, ou uma certa ardência no momento de urinar, mas o sintoma que é mais frequentemente associado ao câncer de bexiga é o sangramento na urina. Mas é importante destacar que, outras causas benignas podem causar sangramento na urina. Isso não deve gerar um alarme na pessoa que porventura possa ter um sangramento na urina e ser de outras causas, como pedra nos rins ou alguma infecção”, explica Cárcano.

“No entanto, se é um paciente masculino com mais de 60 anos e que fumou durante muito tempo, o sangramento na urina deve chamar atenção para a investigação de um câncer de bexiga”, alerta o médico.

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Tratamento

O oncologista detalha que o tratamento vai depender do estágio em que a doença for diagnosticada. “Comumente nós dividimos a doença em doenças não músculo invasiva, que são superficiais, e a doença músculo invasiva, que como o próprio nome já diz, é uma doença que nasceu no urotélio, aquela camada de tecido que cobre o vestígio por dentro, mas ela já iniciou uma infiltração e já acomete o músculo da bexiga, que é uma camada mais externa desse órgão, que é responsável pelo movimento de contração para expelir a urina. Quando há uma invasão desse músculo, a doença já ganha uma capacidade de disseminação”, explica.

“Para a doença que não invadiu o músculo, ou seja, a doença não músculo invasiva ou superficial, o tratamento inclui a ressecção transuretária. Se a doença já invade o músculo da bexiga, aí o tratamento padrão é a retirada da bexiga e quimioterapia. A quimioterapia é feita depois que a bexiga é retirada. Se, infelizmente, a doença já gerou metástases, o tratamento é feito com quimioterapia ou imunoterapia ou tratamentos mais sofisticados. Então, vai depender do estágio em que está a doença”, conclui Flávio Cárcano, médico Oncologista do Cancer Center da Oncoclínicas, especialista em Câncer Urológico.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.