Estamos no inverno, estação mais fria e seca do ano. Nesta época, aumentam os casos de gripes e resfriados e muita gente nem procura atendimento médico. É comum as pessoas tomarem remédio por conta própria para combater às doenças da estação.
O que preocupa especialistas é que o consumo de remédio sem receita ou instrução de um profissional da saúde pode causar complicações graves. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, cerca de vinte mil pessoas morrem, por ano, devido à automedicação, no
Segundo a assessora técnica do Conselho Regional de Farmácias de Minas Gerais, Débora Lacorte, esse número é expressivo quando se fala em uso da medicação por conta própria. “Então, às vezes as pessoas tomam um medicamento que causa um efeito e tomam outro medicamento para melhorar aquele efeito que elas não sabem de onde começou. A gente sabe que tem aquele famoso amigo, a vizinha, a mãe da mãe que fala que é bom beber o tal remédio lá”, explica.
É importante destacar que alguns remédios precisam de prescrição médica, outros não. “Quando a gente pega a embalagem do medicamento, existem medicamentos tarjados, que a gente vê que são faixinhas do medicamento. Então, tem os medicamentos que tem a faixinha vermelha, que precisa de prescrição médica ou de outro profissional habilitado”, aponta.
“Tem aqueles medicamentos de tarja amarela, que são os medicamentos genéricos e eles podem conter ou não a faixa vermelha, que também precisa de prescrição. A faixa preta, que são aqueles medicamentos que precisam de receita, que são controlados. Então, aqueles que são isentos de prescrições, mas não quer dizer que são isentos de orientação farmacêutica ou de outro profissional”, detalha a profissional.
Nesta época do ano, aumenta o uso de medicamentos por conta própria porque quando se fala de remédios para gripe ou para resfriados, são aqueles medicamentos isentos de prescrição, então as pessoas se automedicam, o que pode gerar complicações.
“Essa automedicação pode gerar intoxicação. Os remédios têm um benefício, mas eles também oferecem riscos. E por isso a gente sempre reforça, precisa da orientação do farmacêutico ou do médico”, conclui Débora Lacorte, assessora técnica do Conselho Regional de Farmácias de Minas Gerais.