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Queda de idosos: médico alerta para riscos; saiba formas de prevenção

Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos é lembrado nesta segunda (24); objetivo é alertar a população sobre riscos dos acidentes a partir dos 61 anos

Maior risco das quedas são fraturas, principalmente, fraturas de osso longo

Hoje (24) é o Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos. Estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem como objetivo alertar a população sobre os riscos dos acidentes em pessoas com idade a partir dos 61 anos. De acordo com dados do Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, no ano passado foram atendidos 2.687 casos de idosos que sofreram queda da própria altura. Já em 2024, de janeiro a maio, foram 1.362, uma média de nove casos por dia.

De acordo com o médico, especialista em emergências, Marcelo Lopes Ribeiro, à medida que a idade vai passando, principalmente depois da terceira idade, se perde a capacidade do equilíbrio. “Nós temos dois tipos de sistema de equilíbrio, um que a gente chama vestibular e o outro que fica praticamente dentro do aparelho auditivo. E nós temos também o centro de controle através do cerebelo. E com a medida do tempo, a gente vai fazendo a otosclerose, que é uma alteração crônica de todo o ducto do ouvido. Nós temos a questão das atrofias corticais cerebrais. Então, o paciente tende a perder um pouco do equilíbrio e noção de espaço. Ele perde um pouquinho a percepção do espaço que a gente tem, que a gente chama de centro de própria percepção. Além de diminuir a acuidade visual, a musculatura atrofiada, a questão do osso com déficit ósseo e com dor também nas articulações, então isso tudo propicia ao paciente a ter uma queda e muitas das vezes, ou até falo que a maioria das vezes, é uma queda da própria altura”, detalha.

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O médico alerta que o maior risco das quedas são fraturas, principalmente, fraturas de osso longo. Fraturas de osso longo podem propiciar as embolias. A embolia gordurosa vai deixar a pessoa parada, acamada por um tempo, isso pode agravar a situação e causar o óbito. Muitas vezes a queda causa, também, o Traumatismo Cranioencefálico (TCE), que tem como consequência edema ou hematoma cerebral.

Prevenção

“Iniciamos com a questão da importância do condicionamento físico. O idoso e não pode ficar parado, tem que movimentar o tempo inteiro, evitar a grande questão de atrofia muscular, de limitação de movimento. Lembrando que uma boa alimentação, fazer o acompanhamento médico anual com geriatra e com neurologista e, às vezes, com ortopedista, para saber se tem algum desgaste ósseo. Esse desgaste ósseo também pode perder um pouquinho de força e a maior chance de ter essas fraturas. Além disso, é importante ter alguns pontos de atenção dentro de casa. Preparar a casa para o idoso com local de superfície antiderrapante, olhar a condição do calçado deles, não deixar usar calçado alto. Outra questão importante é deixar o banheiro sempre seco, colocar barras de segurança, também ajuda bastante, principalmente dentro do banheiro”, explica Marcelo Lopes Ribeiro, médico, especialista em emergências.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.