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Dia do Infectologista: saiba mais sobre o especialista que se dedica ao combate e à prevenção de doenças infecciosas

A Infectologia é uma especialidade médica que tem como objetivos principais a prevenção e o tratamento de doenças infecciosas atuando tanto na parte da saúde pública

Dia 10 abril é lembrado com o dia do Infectologista

Nesta quinta-feira (11), é lembrado o dia do infectologista. Mas o que é esta especialidade médica e qual importância dela na nossa vida? A Infectologia é uma especialidade médica que tem como objetivos principais a prevenção e o tratamento de doenças infecciosas atuando tanto na parte da saúde pública, quanto na parte de consultórios e ambiente hospitalar.

De acordo com o médico infectologista, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Estêvão Urbano, são muitas doenças infecciosas e existem formas diferentes de a abordagem da infectologia, uma delas as doenças tropicais, como por exemplo tuberculose, leishmaniose e malária, doenças muito comuns em países tropicais.

Outras doenças infecciosas muito frequentemente tratadas são a AIDS, e outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, as hepatites, dentre outras.

“Infecções do dia a dia também são muito abordadas pelo infectologista no seu tratamento, como a pneumonia, a infecção urinária, as meningites, essas infecções que inclusive levam muitas vezes as pessoas aos prontos atendimentos, e um outro campo de tratamento muito comum também, as infecções hospitalares, todos os pacientes que desenvolvem alguma infecção hospitalar, principalmente por algum germe mais resistente, eles também são abordados e tratados pelo infectologista. Não existe uma única doença mais grave, mas existem muitas que realmente são preocupantes. O HIV, por exemplo. Um portador do vírus HIV, se não tratar adequadamente, desenvolve infecções muito graves. As infecções hospitalares, principalmente aquelas por germes bem resistentes aos antibióticos, costumam ser muito graves também. Mas praticamente todas as doenças infecciosas, elas têm um espectro de manifestação que vão de leve a muito grave. Por exemplo, você pode ter, dentro das doenças tropicais, leishmaniose leve ou muito grave. Dessas doenças comuns do dia a dia, que você pega na comunidade, você pode desenvolver uma covid leve ou uma covid fatal, uma pneumonia leve ou aquela que leva o indivíduo ao CTI, e assim, subsequentemente”, detalha.

Para o médico, os principais desafios do infectologista são ajudar na prevenção das doenças a nível de saúde pública através de ação conjunta com órgãos públicos municipal até federal. Auxiliar no planejamento de obras de saneamento, identificar problemas emergentes, como por exemplo, o que foi feito recentemente com a covid-19. Auxiliar os organismos públicos na certificação de enfrentamentos e ajudar na prevenção individual junto ao paciente, como por exemplo, organizar esquemas de vacinação adequados para cada faixa etária.

Além disso, o infectologista tem um papel muito importante que é esclarecer a comunidade sobre o papel de cada uma das pessoas na prevenção de doenças infecciosas, como no caso da ação de evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses. Outro papel muito importante é o desafio da pesquisa, envolvimento em pesquisas de novas medicações, de novas estratégias terapêuticas para o enfrentamento de várias doenças infecciosas. Por fim, o aperfeiçoamento contínuo profissional para lidar com os desafios que, no caso da infectologia, são quase que diários, por causa do aparecimento de novos vírus, novas bactérias, novos surtos, no mundo globalizado.

Prevenção

“Existem várias formas de prevenir doenças infecciosas, a mais fácil de se entender é o uso das vacinas, inclusive nesse momento de negacionismo, em que alguns índices de vacinação têm caído de forma assustadora e inexplicável. O engajamento das vacinas e do treinamento sobre a importância delas junto à população é muito importante. A prevenção depende muito de qual infecção você quer prevenir e elas são transmitidas de várias formas. No caso da covid, por exemplo, o uso de máscaras, no caso das infecções hospitalares, um bom controle do ambiente operatório e das práticas de antibióticos dentro do bloco cirúrgico. No caso das doenças tropicais, a prevenção é a melhora do saneamento básico da população. Então, dependendo de cada doença infecciosa, existem várias formas preventivas que se aplicam a cada uma dessas situações. Mas nós podemos dizer que uma das principais formas de prevenção é a higienização das mãos. A higienização constante das mãos evita boa parte das doenças que nós desenvolvemos no dia a dia”, conclui o médico infectologista, Estêvão Urbano, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.