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Carnaval BH 2024: venda de ‘kit ressaca’ é proibida; saiba como minimizar efeitos

Farmacêutica alerta para o risco de se tomar vários medicamentos e recomenda a hidratação intensa

Estamos no carnaval e, nesta época, muitas farmácias tentam aproveitar o período para vender os kits com medicamentos que aliviam os efeitos da ressaca no estômago, no fígado e nas dores de cabeça.

De acordo com a farmacêutica e assessora da diretoria do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, Aparecida Oliveira, as farmácias não podem fazer essa venda casada. “Embora a gente saiba que as farmácias têm esse hábito de associar medicamentos num kit com o intuito até de aumentar as vendas, mas não é permitido, principalmente a normativa de número 38 da Anvisa prevê essa proibição”, destaca.

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Segundo a farmacêutica, sobre o costume das pessoas tomarem algum tipo de medicamento antes de começar a beber para evitar ressaca, esta prática é incorreta. “O ideal é que se você sabe que vai ingerir bebida alcoólica, se hidratar. Até mesmo porque o álcool é absorvido muito rapidamente pelo nosso organismo, vai direto para corrente sanguínea. O álcool tem efeito diurético, ou seja, a pessoa vai eliminar água, então é importante repor, eletrólitos e reposição de água, enfim, minimizar esses problemas causados pela ingestão excessiva do álcool”, alerta.

Tomar um remédio para cada sintoma da ressaca é extremamente perigoso. “O uso irracional de medicamentos pode trazer problemas sérios. Nesse momento é muito importante lembrar que existe um profissional farmacêutico à disposição nas drogarias e farmácias para se orientar. Então, dá para curtir a festa, mas também procurar a orientação do profissional de saúde. O farmacêutico é um profissional que está em tempo integral nas farmácias e drogarias. Isso é garantido por lei pela lei 3.021. Então as pessoas devem, sim, procurar o profissional farmacêutico nas farmácias e drogarias e se orientarem para que possam ingerir os medicamentos de forma segura e obterem o efeito desejado”, explica Aparecida Oliveira, farmacêutica e assessora da diretoria do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais.

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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.