No coração da Fispal Food Service, o Fórum B&R estreou com uma plateia cheia, olhares atentos e uma pauta atualíssima: como os negócios da alimentação fora do lar podem se adaptar e prosperar diante das transformações do mercado. O encontro mostrou que inovar não é mais uma opção — é uma questão de sobrevivência. A tecnologia, o comportamento do consumidor e a construção de ambientes de trabalho mais humanos dominaram os debates.
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Do Pix ao vale-alimentação: pagamento mais rápido, menos dor de cabeça
A manhã começou com uma palestra direta e provocadora de Carlos Netto, CEO da Matera, sobre o potencial do Pix por aproximação. Em poucos minutos, ele traçou um panorama de como a tecnologia pode acelerar o fluxo de caixa dos restaurantes, comparando o tempo de compensação com o cartão (até 30 dias) ao do Pix (apenas 6 segundos).
Além disso, Netto destacou o uso do Pix nas operações com vale-alimentação, eliminando intermediários e reduzindo custos com taxas. Para ele, essa mudança representa um passo relevante na modernização do setor e no empoderamento financeiro dos pequenos empreendedores.
Inteligência artificial na cozinha: uma aliada na crise
Matheus Mason, dono do restaurante Benedito, compartilhou como a inteligência artificial transformou sua gestão. Diante de uma demissão em massa, precisou agir rapidamente e encontrou no ChatGPT uma solução eficiente para contratar uma nova equipe. Desde então, adotou ferramentas de IA em diversas frentes: do controle de estoque à experiência do cliente.
“Hoje acordo cedo para estudar essas ferramentas. O segredo é identificar os gargalos do dia a dia e transformar isso em oportunidade”, contou Mason, entusiasmado com os resultados obtidos.
O consumidor quer mais do que comida — ele busca conexão
Primeiro dia do Fórum B&R traz reflexões práticas sobre como conquistar clientes
Com dados frescos em mãos, Simone Galante, CEO da Galunion, levantou uma questão central: o que motiva as pessoas a continuarem saindo para comer fora mesmo diante da alta nos preços? Segundo pesquisa feita em março de 2025, 90% dos brasileiros reduziram os gastos com alimentação fora do lar, mas isso não significa que deixaram de frequentar restaurantes.
Promoções, marmitas e saídas menos frequentes são estratégias comuns de economia. No entanto, Simone reforçou que o papel dos restaurantes continua essencial, pois alimentam mais que o estômago — criam espaços de convivência. “A nova moeda é a conexão. Quem entregar experiências significativas continuará relevante”, afirmou.
Recrutamento com propósito: além do currículo e da rigidez
Na parte da tarde, Célio Salles, franqueado do Bob’s há mais de 30 anos, dividiu experiências sobre a maior dor dos empreendedores atualmente: a escassez de mão de obra. Para ele, é preciso deixar de lado os antigos modelos de contratação. “Entre ter razão e ser feliz, escolha ser feliz. Processos duros afastam bons profissionais”, disse.
Salles sugeriu práticas como flexibilizar jornadas, criar planos de carreira e manter portas abertas para novos talentos mesmo fora de períodos de contratação. “Você não precisa correr mais que o leão, só mais rápido que a maioria”, brincou.
Marketing que atrai: presença digital afeta diretamente o faturamento
Encerrando o dia, Bia Mori, do Google Search, trouxe uma reflexão certeira: sua marca é fácil de ser encontrada? Dados apresentados por ela mostraram que 14 milhões de buscas diárias são feitas com o termo “restaurante perto de mim”. Mais de 90% das pessoas só consideram locais com informações atualizadas, e a maioria decide o pedido com base nas fotos.
Bia apresentou a plataforma Conexão
