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STF ouve Mauro Cid em nova rodada de depoimentos sobre tentativa de golpe

Testemunhas dos demais núcleos investigados começam a depor nesta segunda-feira na Primeira Turma do Supremo

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, é delator da ação golpista

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, volta a depor ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (14). Desta vez, ele será ouvido como testemunha em três ações penais que apuram a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e, por isso, participa da fase de instrução dos processos penais ligados a três núcleos da trama golpista: o de gerenciamento de ações (com 6 acusados), o de ações coercitivas (com 10 acusados) e o de operações de desinformação (com 7 acusados). Ao todo, 23 réus são investigados nesses três grupos.

Enquanto Mauro Cid deve ser ouvido a partir das 14h, as demais começaram a depor às 9h. O primeiro foi Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Outros dois depoentes também estão previstos para esta segunda-feira: Éder Lindsay Magalhães Balbino, dono de uma empresa que teria produzido materiais com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas, e Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor apontado como autor de planilhas usadas por Anderson Torres para monitorar a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições.

Essa não é a primeira vez que Mauro Cid fala ao STF sobre o caso. Em junho, ele foi interrogado como réu na ação penal que trata do chamado “núcleo crucial” da organização criminosa, que inclui, além dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio