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Moraes manda defesa de Bolsonaro informar se ele quer receber Tarcísio e outros aliados

Ministro analisa autorização para visitas ao ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4)

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre o interesse em receber a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de outros cinco aliados.

Desde segunda-feira (4), Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, determinada por Moraes no âmbito da investigação sobre supostos ataques à soberania nacional, após o ministro entender que houve descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente.

Na decisão, Moraes restringiu as visitas ao ex-presidente, permitindo apenas o acesso de advogados e de pessoas previamente autorizadas pelo Supremo. Nesta quarta-feira (6), no entanto, ele flexibilizou a medida, autorizando visitas de filhos, netos, netas e cunhadas de Bolsonaro sem necessidade de autorização.

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Fora os familiares, até o momento, apenas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) obteve permissão para visitar o ex-presidente. Outros aliados já protocolaram pedidos semelhantes.

Na nova decisão, Moraes pediu à defesa de Bolsonaro que informe se ele deseja receber as seguintes pessoas:

  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
  • Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal
  • Geraldo Junio do Amaral, deputado federal
  • Luciano Zucco, deputado federal
  • Marcelo Pires, deputado federal
  • Renato Araújo Corrêa, empresário

O governador Tarcísio solicitou a visita para esta quinta-feira (7), argumentando que há “razões político-institucionais e humanitárias” que justificariam o encontro com o ex-presidente.

Após a manifestação da defesa, Moraes deverá decidir se autoriza ou não os encontros solicitados.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2019.