A cidade histórica de Mariana, na Região central de Minas Gerais, assume anualmente, de forma simbólica, o posto de capital do estado no dia 16 de julho. Esta tradição, estabelecida por decreto, marca as celebrações do Dia do Estado de Minas Gerais.
A data, instituída oficialmente em 1979 pela Lei 7.561, remonta à chegada, em 1696, da bandeira liderada pelo coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça à região onde surgiu Mariana, após encontrarem ouro no Ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Desde então, o 16 de julho tornou-se um símbolo das origens mineiras e da formação do estado.
A ideia de instituir o 16 de julho como data cívica estadual foi lançada em 1977 pelo professor Roque José de Oliveira Camêllo, da Casa de Cultura de Mariana, e foi sancionada em lei em 1979 pelo governador Francelino Pereira dos Santos.
Além da transferência simbólica da capital, a data é marcada por atos cívicos e culturais em Belo Horizonte, como o hasteamento da bandeira dos Inconfidentes no Palácio da Liberdade.
Em Mariana, as cerimônias geralmente ocorrem na Praça Minas Gerais, e incluem a entrega da Medalha do Dia do Estado de Minas Gerais, concedida a personalidades e entidades que contribuíram para o desenvolvimento do estado.
Importância histórica de Mariana
Mariana possui um papel fundamental na história de Minas Gerais, sendo reconhecida como a primeira vila (1711), a primeira capital (1712), a primeira cidade (1745) e a primeira diocese (1745) de Minas. Por sua relevância, é carinhosamente chamada de “primaz de Minas”.
A cidade surgiu do Arraial do Ribeirão do Carmo, elevado a vila em 1711 com o nome de Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo. Em 1712, tornou-se a capital da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Em 1745, a vila foi elevada à categoria de cidade, recebendo o nome de Mariana em homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, esposa de dom João V de Portugal.
Cidade histórica mineira, Mariana conserva raízes do período colonial, com casarões históricos e igrejas barrocas que contam parte da história do Brasil. Em 1945, Mariana recebeu do presidente Getúlio Vargas o título de Monumento Nacional, devido ao seu “significativo patrimônio histórico, religioso e cultural”.
