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“É bom deixar bem claro que Israel tem o conflito na Faixa de Gaza e isso já acontece há muito tempo. Estávamos em um evento em Tel Aviv, nós não fomos para a Faixa de Gaza”, reforçou.
O texto, publicado nas redes sociais, é assinado, além de Damião, pelo prefeito de João Pessoa, na Paraíba, Cícero Lucena (PP), o prefeito de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Johnny Maycon (PL) e a vice-prefeita de Goiânia, em Goiás, Coronel Cláudia Lira (PL).
As autoridades expressaram “profundo desacordo e surpresa” com a nota à imprensa divulgada pelo Itamaraty.
“Tal declaração contradiz frontalmente o que foi afirmado à própria delegação em reunião online com a representação diplomática brasileira em Tel Aviv, realizada no último sábado, 14 de junho”, afirma o grupo.
A nota conjunta ainda pontua que diplomatas teriam confirmado ter sido devidamente informados, com antecedência, sobre a missão, “particularmente no que diz respeito à segunda comitiva de prefeitos e a um governador, informação esta repassada pelo consórcio de municípios organizador da viagem”.
Sem arrependimentos
Questionado pelos jornalistas, Damião afirmou que não se arrepende de ter ido até Israel, visto que não sabia o que aconteceria no país. “Se você me convidar hoje para ir a Israel eu não vou, mas em outra oportunidade eu posso ir? Posso. Não tem arrependimento por ter ido, a gente não foi lá por causa de guerra, nem para participar da guerra. A gente foi lá por causa de um evento internacional, vários prefeitos estavam lá”, destaca.
“Tinha prefeito de BH, de Divinópolis, de Uberlândia, de João Pessoa, de Goiânia, Porto Alegre, Paraguai, Uruguai, Argentina, Guatemala, Panamá, Colômbia. Não é o arrependimento de ter ido. Obviamente, se eu soubesse eu não teria ido, mas ninguém sabia que teria uma terceira guerra mundial ou que estaria começando a terceira guerra mundial uma semana depoi”, completa.
Desembarque
O prefeito Álvaro Damião desembarcou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na tarde desta quarta-feira e falou sobre os momentos difíceis vividos em Israel, quando uma comitiva brasileira ficou retida em função do início da guerra do país judeu contra o Irã.
“Vivemos dificuldades que jamais imaginaríamos que iríamos viver. Momentos tensos, porque você entra no bunker, ouve barulhos e sente o chão tremer, sem saber se o míssil que está sendo lançado vai atingir o local que você está", afirmou Damião.