O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista à Itatiaia nesta segunda-feira (28), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem falhado nas negociações com os Estados Unidos para evitar a aplicação de tarifas comerciais contra o Brasil, anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. Na avaliação de Flávio, o governo Lula demonstra “incapacidade” diplomática e tem usado o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como bode expiatório.
“O Lula, sempre que pega o microfone, ataca o Trump. Não parece um presidente da República de uma nação como o Brasil, parece um bêbado discutindo num bar com um amiguinho”, atacou o senador.
Flávio também criticou o envio de uma comitiva de senadores aos Estados Unidos para tentar reverter o chamado “tarifaço” e disse não acreditar na eficácia da missão. Para ele, o diálogo deveria partir diretamente do governo federal com a Casa Branca.
“A negociação tem que ser com quem pode mudar a situação, e hoje a Casa Branca está com as portas fechadas para o Lula. Ele próprio fechou essas portas com a sua postura agressiva”, completou.
‘Eduardo não é negociador’
Ainda durante a entrevista, o senador afirmou que seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) , não tem poder de barganha com Trump, e seu papel foi apenas de relatar o cenário político brasileiro. O deputado está no EUA desde março, onde se declara como um ‘exilado político’. Em conversas com integrantes do governo Trump, Eduardo tem propagado que o pai, Jair Bolsonaro, tem sido vítima de uma perseguição por parte do STF e do governo federal.
“O Eduardo levou informações ao governo americano. Agora, achar que ele manipula o Trump é absurdo. O presidente americano ouve muitos canais antes de tomar decisões. O problema é que o governo Lula não sabe negociar e quer arrumar um bode expiatório”, disse.
O senador, na entrevista, corroborou a afirmação do irmão, alegando que o ex-presidente Bolsonaro sofre perseguição e que o Brasil estaria vivendo uma crise democrática sob comando do Supremo Tribunal Federal, com críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes.
“Hoje, o que foi sequestrado no Brasil foi a democracia. A perseguição ao Bolsonaro é escancarada. Usam a máquina pública para tirar ele da vida política, porque sabem que, se a eleição fosse hoje, ele poderia vencer até no primeiro turno”, declarou.