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Condenado por quebrar relógio histórico em 8 de janeiro deixa presídio em Uberlândia

Mecânico culpado pela destruição deveria usar tornozeleira eletrônica, mas, segundo a decisão judicial, não há dispositivos disponíveis em Minas Gerais

STF forma maioria para condenar réu que derrubou relógio de Dom João VI | CNN Brasil

O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por destruir um relógio histórico durante os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023, foi liberado do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. A Justiça autorizou a progressão de regime para o semiaberto, após ele cumprir o tempo mínimo exigido e apresentar boa conduta carcerária.

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Ferreira deveria usar tornozeleira eletrônica, mas, segundo a decisão judicial, não há dispositivos disponíveis em Minas Gerais. O juiz responsável determinou que a ausência do equipamento não pode atrasar o benefício. Enquanto aguarda na fila, ele deve permanecer em casa, em Uberlândia, até apresentar uma proposta de trabalho à Justiça. Só após aprovação, poderá sair para atividades externas.

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Relembre

Câmeras de segurança flagraram o mecânico destruindo um relógio de 200 anos no Palácio do Planalto. A peça, presente da corte francesa a Dom João VI, foi feita pelo relojoeiro de Luís XIV, Balthazar Martinot, e considerada de valor inestimável. Após processo de restauração, o relógio foi reintegrado ao acervo presidencial em janeiro deste ano.

Ferreira foi condenado pelo STF por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e dano ao patrimônio tombado.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio