O Projeto de Lei que tira de
A lei 11.393 está em vigor desde 2022 e reconheceu oficialmente a cidade pelo esporte, que consiste na execução de manobras e acrobacias com motocicletas apoiadas sobre apenas uma roda. Para Sargento Jalyson, no entanto, a revogação é “essencial” para reforçar a segurança no trânsito e garantir a “manutenção da ordem pública”.
Ele afirma que, desde a criação da lei, houve aumento expressivo das ocorrências de prática ilegal do grau em vias públicas, colocando em risco condutores e pedestres. “Só até março de 2025 nós já tivemos 76 ocorrências registradas pela Polícia Militar. Eu destaco que não são apenas números. Nós perdemos vidas também”, disse.
Segundo dados citados pelo parlamentar, em 2021 a Polícia Militar registrou nove ocorrências desse tipo. Após a entrada em vigor da lei, os números teriam disparado: 156 registros em 2023 e 338 em 2024. Somente até março de 2025, já foram contabilizados 76 casos. “Não são apenas números. Nós perdemos vidas também”, ressaltou Jalyson, mencionando atropelamentos e outros acidentes provocados por manobras ilegais.
Vereadores contrários
A proposta divide opiniões no Legislativo. Durante a votação em 1º turno, vereadores contrários à revogação argumentaram que o título concedido a BH não tem relação direta com a ocorrência de manobras irregulares.
Para Juhlia Santos (Psol), a retirada do título apenas descredibiliza a prática esportiva, sem atacar o problema em si. “A gente precisa fortalecer a fiscalização, o esporte e a juventude. Se não tem espaço específico, vamos criar espaço específico para fazer grau. Acabar com a data não vai resolver o problema”, afirmou.
Os defensores da manutenção da lei afirmam que é possível conciliar segurança e incentivo ao esporte, fortalecendo a fiscalização e a estrutura para a prática em locais seguros. Já os que apoiam a revogação acreditam que o reconhecimento oficial envia uma mensagem equivocada à população e pode estimular a prática em ambientes impróprios.