Será que o senador Cleitinho (Republicanos), que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo de Minas, irá apoiar a candidatura do vice-governador Mateus Simões (Novo) que também é candidato ao governo de Minas? Por um momento, interlocutores de Mateus Simões acreditaram que sim. Ao respaldar um post de Mateus Simões em defesa do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o senador Cleitinho (Republicanos) comentou: “É isso aí Mateus, ano que vem estaremos unidos pra não deixar essa turma governar nunca mais o nosso estado”.
Quando o senador explicou a sua posição aos aliados, voltou a dizer que espera a unidade do campo da direita em torno de quem estiver liderando as pesquisas. Indicado pelo governador Romeu Zema (Novo) para a sua sucessão, Mateus Simões vai assumir o governo do estado em março de 2026, quando Zema se desincompatibilizar para concorrer à Presidência da República.
Embora seja, entre os pré-candidatos até aqui colocados aquele menos conhecido e, também, até por isso, aquele que tem o pior desempenho nas pesquisas de intenção de voto, o entorno de Romeu Zema e o próprio Mateus Simões não cogitam abrir mão dessa candidatura. Mas Zema e Mateus têm expectativa de conseguir o apoio do PL de Jair Bolsonaro e do senador Cleitinho.
Para Mateus Simões não tem sido fácil navegar neste campo bolsonarista. Os deputados estaduais bolsonaristas autênticos em Minas respaldam o nome ou de Nikolas Ferreira ou de Cleitinho. Até por isso, Mateus Simões vem também fazendo movimentos para se filiar ao PSD. E nessa legenda, ainda que tenha o apoio de parte da bancada estadual, conta com a resistência de parte da bancada federal e do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que ao que tudo indica, será o nome de seu partido para concorrer ao governo de Minas.
A boa notícia para Mateus Simões é que se está difícil convencer Cleitinho a retirar a sua candidatura ao governo de Minas para apoiá-lo, e se está complicado se filiar ao PSD, um acordo no plano nacional poderá trazer-lhe a federação União Progressistas. Essa federação trará o reforço de 20% do tempo de propaganda eleitoral gratuita e dos fundos eleitorais. Até aqui é uma corrida com perdas e ganhos.
