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Após tumulto na Câmara, líder do PL nega acordo com Motta para pautar anistia

Segundo Sóstenes Cavalcante, compromisso foi firmado pela oposição com líderes do Centrão

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse nesta quinta-feira (7) que não houve um compromisso do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do foro privilegiado em troca da desocupação do plenário pela oposição.

Em discurso na tribuna da Casa, Sóstenes destacou que o acordo foi feito com os líderes de partidos do Centrão, como Progressistas, União Brasil e o PSD.

“O presidente Hugo Motta não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco. O compromisso é com os líderes partidários e nós, que representamos a maioria desta Casa, vamos sim pautar o fim do foro privilegiado e a anistia”, declarou.

O líder do PL negou ainda que a oposição faça uma “chantagem” para pressionar Motta por suas pautas. “Nesta Casa, não há chantagem. Esse não é o comportamento da direita e isso precisa ficar claro para todo o Brasil e para toda a imprensa”, completou.

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Parlamentares da oposição protagonizaram um tumulto no Congresso, especialmente na Câmara, nos últimos dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter decretado a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (4).

O grupo promoveu uma série de ocupações nos plenários principais das Casas como forma de pressionar por uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos no 8 de janeiro.

Na noite de ontem (6), a Polícia Legislativa chegou a ser acionada e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e líderes do Centrão precisaram negociar uma saída para assegurar que Motta retomasse o controle do plenário e conseguisse pelo menos sentar na cadeira da presidência.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.