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Grupo Parlamentar Brasil-Israel divulga nota de repúdio às declarações de Lula

Deputados e senadores que integram grupo Brasil-Israel criticaram declarações de Lula condenando ataques na Faixa de Gaza

Carlos Viana é o candidato do Podemos

O senador Carlos Viana (Podemos), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel do Congresso Nacional, divulgou nesta segunda-feira (2), uma nota de repúdio criticando as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a atuação do estado judeu na Faixa de Gaza.

“As acusações dirigidas pelo presidente, imputando a Israel a prática de genocídio e o extermínio deliberado de mulheres e crianças, são infundadas, desprovidas de respaldo fático e profundamente desconexas da complexa realidade do conflito”, diz a nota.

O grupo parlamentar cobrou de Lula uma postura “responsável e digna da elevada tradição diplomática do Brasil” e afirmou que o chefe do Executivo deveria respeitar os direitos humanos e direito soberano de Israel à sua legítima defesa.

“É inadmissível que tais declarações desconsiderem o contexto dos bárbaros ataques terroristas perpetrados pelo grupo Hamas, em 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte covarde de mais de 1.200 civis israelenses, entre eles mulheres e crianças inocentes. Igualmente grave é a omissão, por parte do chefe de Estado brasileiro, da dramática situação das centenas de pessoas sequestradas, muitas das quais permanecem em cativeiro, inclusive em locais destinados à prestação de ajuda humanitária. Cumpre enfatizar que o Hamas, organização terrorista internacionalmente reconhecida, vem reiteradamente utilizando civis palestinos, inclusive crianças, como escudos humanos, além de impedir a população de buscar abrigo seguro, agravando, de forma criminosa e premeditada, a crise humanitária na região”, finaliza a nota.

‘Vingança contra a Palestina’

No domingo (1º), durante a convenção do PSB, Lula fez duras críticas ao governo israelense. “Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade de criação do Estado palestino. Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe, na verdade, é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Jerusalém”, declarou o petista.

Horas antes, na madrugada de domingo (1º), disparos israelenses atingiram um grupo de pessoas que se dirigiam ao centro de distribuição de ajuda alimentar na Faixa de Gaza. Segundo informações da AFP, pelo menos 31 pessoas morreram e 176 ficaram feridas no ataque.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.