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Presidência do Senado: veja os candidatos à substituição de Rodrigo Pacheco

Cinco senadores disputam o cargo em eleição que deve ser decidida sem surpresas

Cinco candidatos disputam a presidência do Senado Federal

A eleição para a presidência do Senado, marcada para 1º de fevereiro, terá cinco candidatos na disputa. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) desponta como favorito e dificilmente terá surpresas em sua eleição, mas não será por falta de concorrência.

Contra o favoritismo de Alcolumbre, disputam a presidência da Casa os senadores Marcos Pontes (PL-SP), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Como funciona a eleição?

A votação que ocorre no próximo sábado vai definir o presidente do Senado e também os 11 senadores que passarão a integrar a Mesa Diretora.

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Os cargos da Mesa são preenchidos de acordo com a hierarquia de cada posto. O primeiro escolhido é o presidente; depois os vice-presidentes, secretários e, por fim, os suplentes.

Todos os 81 senadores podem votar. O voto é secreto e registrado em uma cédula de papel. O candidato que receber ao menos 41 votos é eleito.

Conheça os candidatos

Davi Alcolumbre (União-AP)

Favorito na disputa, Davi Alcolumbre (União-AP) atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante do Senado. Nos últimos anos, ele se tornou nome de consenso, tanto para governistas quanto parlamentares de oposição. E graças a esse bom trânsito, conseguiu pavimentar seu caminho rumo à presidência do Senado com o apoio de sete partidos que, somados, possuem 70 senadores.

Além de contar com o apoio do União Brasil, Alcolumbre também tem o respaldo do PDT, PSB, PP, PT, PL e PSD - dono da maior bancada da Casa e partido do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Outro apoio importante consolidado por Alcolumbre vem de duas figuras antagônicas: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Caso saia vitorioso na disputa, o senador retoma para um posto que já ocupou entre 2019 e 2021.

Marcos Pontes (PL-SP)

Famoso por ter sido o único astronauta brasileiro, Marcos Pontes (PL-SP) lançou um voo solo em busca da presidência do Senado, mas a missão é considerada ainda mais difícil do que sair de órbita. Isso porque, apesar de fazer parte de uma bancada numerosa na Casa, Pontes não terá o apoio do próprio partido, o PL.

Pontes, inclusive, foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que classificou sua decisão como ‘lamentável’, e reafirmou o apoio a Davi Alcolumbre.

O movimento de Pontes busca reunir os parlamentares de oposição que não se sentiram contemplados no acordo costurado entre o PL e Alcolumbre. A insatisfação incluiu a incerteza do compromisso de Alcolumbre sobre pautas consideradas prioritárias para a ala mais radical da oposição.

Entre suas promessas estão desengavetar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e apoiar um projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Ele também afirmou que uma eventual presidência do PL no Senado poderia contribuir para a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro.

Eduardo Girão (Novo-CE)

Único senador do partido Novo, Eduardo Girão (NOVO-CE) é um conhecido por usar a tribuna da Casa para verbalizar denúncias e críticas contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Assim como Pontes, Girão também pretende angariar votos da oposição com a promessa de desengavetar pedidos de impeachment de ministros da Corte e anistiar os condenados pelos ataques promovidos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Marcos do Val (Podemos-ES)

Outro nome da oposição a lançar uma candidatura independente, Marcos do Val (Podemos-ES) não conta com o apoio do próprio partido.

Mesmo assim, manteve a candidatura com a mesma promessa dos colegas de oposição: impeachment dos ministros do STF.

A candidatura de Do Val marca a divisão dentro do Podemos, que também é representado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Apesar de ter liberado a bancada para votar livremente, o partido tem preferência pela candidatura de Alcolumbre.

Soraya Thronicke (Podemos-MT)

Dividida internamente, a bancada do Podemos não apoia oficialmente a candidatura de Soraya Thronicke. Mas diferentemente dos outros colegas que registraram candidaturas independentes, Soraya se põe como uma alternativa para além das pautas da oposição.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio