Os chefes de Estado do G20 assinaram nesta segunda-feira (18) uma declaração conjunta com 85 compromissos.
O documento, que conta com o apoio de todos os chefes de Estado das 19 maiores economias do Mundo, além dos presidentes da União Africana e da União Europeia, tratou de temas como: desenvolvimento econômico, taxação dos super-ricos, combate à fome e a pobreza, além das guerras em andamento no mundo.
No documento, o G20 expressou preocupação com a situação humanitária “catastrófica” na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizando a necessidade de “expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis e exigir a remoção de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala”.
Os chefes de Estado defenderam a criação de dois Estados: Israel e Palestino, para que ambos os povos possam viver em paz, em suas fronteiras “seguras e reconhecidas”. O G20 ressaltou que irá defender um cessar-fogo na Faixa de Gaza e no Líbano para que os cidadãos possam voltar para casa em segurança.
O G20 se comprometeu a apoiar os países em desenvolvimento na resposta a crises e desafios globais e no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O grupo prometeu se empenhar para reduzir as disparidades de crescimento entre os países por meio de reformas estruturais.
O bloco pretende avançar com a meta de eliminar as armas nucleares no mundo.
O G20 pretende avançar na proposta, defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de taxar em 2% os chamados “super-ricos”, para angariar até US$ 250 bilhões, por anos, para ações nos países que enfrentam episódios de mudanças climáticas.
“Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados”, diz um trecho do documento.
Os chefes de Estado também defenderam o fim das desigualdades no mundo, seguindo um entendimento do governo brasileiro.
“Todas as pessoas, independentemente de idade, sexo, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou qualquer outra condição, devem ter acesso a serviços essenciais que atendam às suas necessidades básicas, a um trabalho digno e a outras oportunidades sociais e econômicas que garantam sua participação plena, igual, efetiva e significativa na sociedade”, diz o documento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá debater com os chefes de Estado e de delegações do G20 na terça-feira (19) a transição energética e o desenvolvimento sustentável.
A presidência rotativa do Brasil se encerra em 30 de novembro. A África do Sul comandará o G20 a partir de 1 de dezembro. A cerimônia de transmissão irá ocorrer nesta terça-feira (19), às 12h30.