Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante discurso no ato do 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), que o processo eleitoral de 2022 não foi legítimo e que sofreu interferência do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“As eleições de 2022 foram totalmente conduzidas, de forma parcial, por Alexandre de Moraes”, declarou. “Se hoje sou o ex mais amado do Brasil, este divórcio não foi feito pelo povo”.
Em fala no palanque, o ex-presidente disse ainda que o presidente Lula (PT) foi eleito por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“A gente não consegue entender como aquele que, segundo o TSE, perdeu as eleições e arrasta multidões, e o outro, que perdeu e não consegue tomar um refrigerante em qualquer botequim de qualquer lugar”.
Ataques ao sistema eleitoral
Condenado no TSE, Bolsonaro fez um ataque ao sistema eleitoral a cada oito dias enquanto esteve no governo.
É o que diz um levantamento feito por um monitor da Universidade de São Paulo (USP), em que 80 das 183 menções de Bolsonaro ao sistema o classificam como ‘não confiável’.
Em 2022, há alguns dias do pleito presidencial, integrantes do partido de Bolsonaro divulgaram documento chamado “resultado da auditoria de conformidade do PL no TSE”, de duas páginas, afirmando que há risco de invasão nos sistemas eleitorais.
O papel tem o timbre do partido, mas não é assinado, e seria resumo de um relatório de mais de cem páginas.
Na ocasião, o TSE chamou o papel de fraudulento, mentiroso e disse que a ideia da legenda era tumultuar as eleições.
O presidente da corte eleitoral à época, Alexandre de Moraes, mandou o caso ser investigado no inquérito das fake news, que é relatado por ele mesmo no STF.