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Haddad: Governo vai intensificar trabalho para revisar gastos no orçamento de 2025

Ministro afirmou que peça orçamentária que será entregue ao Congresso Nacional deverá contemplar cortes de gastos que ainda estão sendo estudados pela pasta

Ministros concederam entrevista nesta quinta-feira (13) em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo projeta intensificar a agenda de corte de gastos no orçamento do próximo ano. A intenção de Haddad foi acompanhada pela ministra do Planejamento e Gestão, Simone Tebet, que se reuniu com o ministro da Fazenda nesta quinta-feira (13), em Brasília.

O anúncio do governo Lula acontece em meio a pressão de parlamentares e pessoas ligadas ao mercado financeiro por uma agenda que apresente não só o aumento na arrecadação. Pessoalmente, o ministro também tem sido criticado após a rejeição por parte do Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) que alterava regras do PIS/Cofins para elevar receitas e compensar as despesas com a desoneração da folha de pagamentos.

Segundo Haddad, a discussão sobre os cortes deve se intensificar nos próximos dias em meio ao planejamento para elaboração do orçamento de 2025.

“Começamos a discutir 2025, a agenda de gastos. Nós vamos manter um ritmo mais intenso de trabalho neste mês, porque, em julho, começa a ser montada a peça orçamentária, e, em agosto, a peça é encaminhada ao Congresso Nacional. Estamos fazendo uma revisão ampla, geral e irrestrita do que pode ser feito para acomodar as várias pretensões legítimas do Congresso e do Executivo, mas sobretudo para garantir que tenhamos tranquilidade no ano que vem”, avaliou o ministro.

A peça orçamentária, de responsabilidade do ministério de Tebet, começa a ser montada no início de julho e deve ser enviada em agosto para revisão do Congresso Nacional.

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Onde cortar

Ao lado da ministra do Planejamento, Haddad também afirmou que os gastos primário, tributário e o gasto financeiro - relativo ao Banco Central - devem entrar no radar de cortes do governo para o próximo ano.

“Nós queremos rever gastos primários, estamos dispostos a cortar privilégios, já voltou à tona vários temas que estão sendo discutidos de novo, o que é bom, como supersalários, como correção de benefícios que estão sendo concedidos ao arrepio da lei, correção de cadastros. Isso tudo voltou para a mesa. Nós achamos que é ótimo isso acontecer, porque vai facilitar o trabalho de equilibrar as contas.”, concluiu o ministro.

A ministra Tebet endossou o que disse Haddad e também afirmou que as revisões no orçamento deverão contar com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio