Uma comitiva de deputados estaduais de oito Assembleias Legislativas país afora aproveitou uma série de agendas no Japão para visitar locais com mecanismos de contenção de enchentes instaladas pelo país asiático. O grupo, que retorna ao Brasil no próximo dia 19, passou por uma “catedral” construída em Tóquio, capital japonesa, para impedir o avanço das águas das chuvas sobre a cidade.
À Itatiaia, Alencar da Silveira Júnior (PDT), deputado estadual por Minas Gerais, afirmou que o modelo pode servir de inspiração para o Brasil.
“É uma caixa d’água subterrânea. Toda água pluvial que chega a Tóquio entra nessa caixa d’água. Temos as barragens de rejeitos em Minas. A prevenção está sendo feita agora. O que deu certo em Tóquio, pode dar certo (para) prevenir as enchentes que tivemos agora no Sul do país e temos anualmente em Belo Horizonte. Itabirito, Rio Acima, Raposos e tantas outras cidades também passam por isso”, disse.
A Assembleia mineira é representada no Japão, ainda, por Zé Laviola (Novo). O grupo de parlamentares viajou a partir de interlocução da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).
A “catedral” de Tóquio é composta por cinco galerias pluviais, que ficam seis quilômetros distantes umas das outras. A água corre por túneis e desembocam em um rio da capital japonesa.
Visita a usina de reciclagem
Ainda em Tóquio, a comitiva brasileira passou por uma usina de reciclagem de lixo, responsável por selecionar detritos industriais que podem ser utilizados na produção de itens como pedras, papéis e tijolos. No Japão, empresas e cidadãos pagam pela coleta de lixo, bem como pela reciclagem.
“Se não mudar a legislação essa fábrica não poderá ser replicada em nenhum lugar do mundo. Só é possível esse trabalho se houver legislação que o apoie”, disse, aos parlamentares, o diretor-executivo da usina, Yasuhiro Tomokuni.