O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (23), a gestão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro,
Sobre as suspeitas que levaram à
O ex-presidente, que durante o dia da operação contra os pastores não se pronunciou sobre o caso, afirmou agora que “defende o direito de defesa para todo mundo” e que considera esse um valor “monumental da democracia” no Brasil.
“A prisão depende de apuração, depende de provas. Você não pode prender porque “você vai prender, não”, afirmou o ex-presidente. “A Justiça decide se vai prender ou não”, disse. “Mas que ele foi mal ministro da Educação, foi”, completou. Lula era o único dos presidenciáveis que não havia comentado a prisão.
Ribeiro foi preso na manhã de quarta-feira, 22, no âmbito da investigação sobre o ‘gabinete paralelo’ no Ministério da Educação (MEC), usado para favorecer pastores na distribuição de verbas da pasta. Ao todo, foi decretada a detenção preventiva de 5 pessoas, incluindo os pastores Arilton Moura e Gilmar dos Santos, pivôs do caso.
Sem possuir vínculos com o setor de ensino ou cargo público, um grupo de pastores, ligados a Milton Ribeiro e comandado pela dupla Arilton Moura e Gilmar dos Santos, passou a comandar a agenda do ministro da Educação e interferir na liberação de verbas, além de influenciar diretamente ações da pasta. Os pastores são próximos da família Bolsonaro e estiveram no Palácio do Planalto em diversos eventos públicos e reuniões fechadas.
Outros pré-candidatos à Presidência e, inclusive, integrantes do PT reagiram imediatamente à prisão de Milton Ribeiro com manifestações de indignação, declarações irônicas sobre as falas contraditórias do presidente Jair Bolsonaro e críticas à gestão do MEC em publicações nas redes sociais.
Direito de defesa
Lula readquiriu o direito de ser candidato nas eleições de 2022 depois da anulação de condenação judicial na operação Lava Jato, determinada pelo ex-juiz Sérgio Moro. Em 2018, enquanto estava preso pelo caso do tríplex do Guarujá, o ex-presidente chegou a ser anunciado como pré-candidato do PT à Presidência mas, devido às regras da Justiça Eleitoral, foi substituído na disputa por Fernando Haddad (PT).