A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota, na noite desta terça-feira (17), criticando o relatório da CPMI dos Atos Antidemocráticos, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que pede o indiciamento de Bolsonaro e outras 60 pessoas por suposto envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. No documento, a senadora pede o indiciamento de Bolsonaro por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A defesa afirmou que Bolsonaro jamais concorreu ou minimamente participou dos crimes listados no relatório da senadora Eliziane Gama, classificado pelos advogados como “parcial, tendencioso e pavimentado por viés político”. “A parcialidade do relatório, subscrito por sabida opositora política do ex-presidente, fica evidente na medida em que ignorou a grave omissão dos responsáveis pela garantia dos prédios públicos, ao mesmo tempo em que prescindiu das diligências processuais mais elementares antes de formalizar suas odiosas conclusões e propostas de indiciamento”, destacou a defesa de Bolsonaro no comunicado divulgado à imprensa.
Os advogados disseram, ainda, que Bolsonaro teria ido à CPMI se fosse convocado para prestar esclarecimentos, e que o ex-presidente não teve direito de defesa. A votação do relatório da senadora Eliziane Gama irá ocorrer nesta quarta-feira (18), em reunião da CPMI agendada para às 9h.