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Defesa do ex-presidente Bolsonaro sobre relatório da CPMI: ‘parcial’

A relatora da CPMI dos Atos Antidemocráticos, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento de Bolsonaro e outras 60 pessoas

A relatora da CPMI dos Atos Antidemocráticos, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota, na noite desta terça-feira (17), criticando o relatório da CPMI dos Atos Antidemocráticos, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que pede o indiciamento de Bolsonaro e outras 60 pessoas por suposto envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. No documento, a senadora pede o indiciamento de Bolsonaro por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A defesa afirmou que Bolsonaro jamais concorreu ou minimamente participou dos crimes listados no relatório da senadora Eliziane Gama, classificado pelos advogados como “parcial, tendencioso e pavimentado por viés político”. “A parcialidade do relatório, subscrito por sabida opositora política do ex-presidente, fica evidente na medida em que ignorou a grave omissão dos responsáveis pela garantia dos prédios públicos, ao mesmo tempo em que prescindiu das diligências processuais mais elementares antes de formalizar suas odiosas conclusões e propostas de indiciamento”, destacou a defesa de Bolsonaro no comunicado divulgado à imprensa.

Os advogados disseram, ainda, que Bolsonaro teria ido à CPMI se fosse convocado para prestar esclarecimentos, e que o ex-presidente não teve direito de defesa. A votação do relatório da senadora Eliziane Gama irá ocorrer nesta quarta-feira (18), em reunião da CPMI agendada para às 9h.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.