O senador Carlos Viana (Podemos-MG) apresentou um requerimento para que a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprove um convite para que o ministro Mauro Vieira e o consultor para assuntos internacionais, Celso Amorim, compareçam a uma sessão do colegiado.
O objetivo é que as autoridades do governo brasileiro condenem perante os senadores os
Viana presidente o Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel e criticou a nota oficial do Itamaraty sobre os atos.
“Entendemos que o governo brasileiro, por meio da diplomacia, tem que ser muito firme em condenar os atos terroristas do grupo Hamas”, afirmou. “E que, na nota oficial, o Itamaraty não citou o Hamas e não condenou os atos terroristas. Penso que é hora de cobrarmos posicionamento efetivo do Brasil, já que estamos inclusive na presidência do Conselho de Segurança da ONU”, completou o senador.
Na nota, a que se refere Viana, o Ministério das Relações Exteriores condenou a “série de bombardeios e ataques terrestres” e expressou “condolências aos familiares das vítimas”, além de ter manifestado solidariedade ao povo de Israel.
No entanto, para Viana, o governo deveria ter citado o nome do grupo Hamas.
“Os palestinos são um povo com milhões de pessoas, onde milhões não concordam com os atos terroristas que o Hamas perpetrou contra Israel no último final de semana. E nos preocupa que o Hamas cumprimentou publicamente o presidente Lula pela vitória na última eleição e que na nota oficial, o Itamaraty não citou o Hamas e não condenou os atos terroristas”, afirmou o senador.
A nota também cita que, “na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança nas Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão”.