A CPMI dos Atos Antidemocráticos entrou no último mês de atividades antes da entrega do relatório, que, segundo cronograma confirmado nesta terça-feira (19) pelo presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), irá ocorrer no dia 17 de outubro pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Na data, os membros da oposição também devem apresentar um relatório paralelo. Até a entrega do parecer, parlamentares da base do governo, que são maioria na CPMI, defendem a oitiva de pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já os parlamentares de oposição querem ouvir representantes da Força Nacional, que também atuou no dia 8 de janeiro, junto com a Polícia Militar do Distrito Federal e as Forças Armadas, para conter os atos antidemocráticos.
A ideia de votar o requerimento da relatora, Eliziane Gama, para realizar acareação entre Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid perdeu fôlego. Na próxima quinta-feira (21), a CPMI vai realizar a oitiva de Wellington Macedo de Souza, que foi preso por planejar o episódio em que foi colocada uma bomba em um caminhão tanque nas proximidades do aeroporto de Brasília. O crime ocorreu na véspera do Natal do ano passado.
A CPMI ainda não definiu o depoimento da próxima terça-feira (26), mas Arthur Maia revelou que irá submeter seis requerimentos com pedidos de oitivas para análise do colegiado. Os parlamentares da base do governo irão apresentar quatro nomes, incluindo o pedido de reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, enquanto a oposição pretende convocar representantes da Força Nacional e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os nomes, no entanto, ainda não foram definidos pela oposição.
A CPMI agendou o depoimento do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, para o dia 5 de outubro. O general, que foi vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas eleições de 2022, seria ouvido pela CPMI na reunião desta terça-feira (19), mas a oitiva foi adiada para que o colegiado possa reunir mais informações.