Previstas para durar 18 meses, as obras de
Os recursos que vão financiar as obras foram captados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio de ações civis e acordos judiciais. A previsão é que sejam gastos cerca de R$ 10 milhões.
“As pessoas perguntaram muito se iríamos fechar o Palácio. Resolvemos fazer com que o processo de revitalização, recuperação e restauração do Palácio se torne um grande ateliê, para que as pessoas, sobretudo os alunos das escolas estaduais, municipais e privadas — e toda a sociedade — possam vir e acompanhar esse processo de restauração, conhecendo como se faz uma restauração de um edifício desse porte”, disse o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
Embora o cronograma preveja o encerramento das obras em um ano e meio, o objetivo, neste momento, é entregar a primeira etapa de intervenções em cerca de seis meses.
“Primeiramente, serão restaurados os torreões, o hall de entrada e a fachada frontal. Atrás e no telhado, sobretudo no salão de banquetes e no quarto da rainha, há infiltrações e goteiras muito grandes, que danificaram muito essa parte do edifício”, explicou Leônidas.
Além da parte interna do Palácio, os jardins do prédio também vão ser revitalizados. Há, ainda, planos para fortalecer a iluminação que circunda o espaço.
Segundo Xavier Vieira, presidente da APPA, organização social que administra o Palácio da Liberdade, as visitas ao ateliê em que a obra será convertida devem acontecer entre quartas e sextas-feiras, das 12h às 17h. Aos sábados e domingos, o espaço ficará aberto entre 10h e 17h.
“Qualquer pessoa que chegar aqui (ao Palácio), vai ter acesso ao espaço em que os elementos artísticos estarão sendo restaurados”, projetou.
Histórias que se confundem
O Palácio da Liberdade foi inaugurado em 1898, um ano depois do “nascimento” de Belo Horizonte. As obras haviam começado em 1895, em meio ao clima de transferência da capital de Minas Gerais, então fixada em Ouro Preto.
Dados da Secretaria de Cultura de Minas apontam que, no primeiro semestre deste ano, o Palácio da Liberdade recebeu 146 mil visitantes. Pelo Circuito Cultural da Praça da Liberdade, que abriga outros empreendimentos, como museus e uma biblioteca pública, passaram 2,5 milhões de pessoas no mesmo período.
Presente à cerimônia de assinatura que autoriza o pontapé inicial da obra, Jarbas Soares Júnior, procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, explicou a contribuição dada pelo Ministério Público.
“O Ministério Público, com suas ações, recupera recursos públicos. E esses recursos, agora, estão sendo destinados a projetos maiores, que tenham relevância social e possam impactar positivamente a sociedade. Mas são recursos públicos — e não recursos do Ministério Público”, assinalou.