O primeiro 7 de Setembro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após 15 anos distante da presidência da República representou também o primeiro grande evento na Esplanada dos Ministérios após a cerimônia de posse e os ataques violentos do último 8 de janeiro, e correu sem percalços ou adversidades à segurança pública. Para além, a solenidade serviu para Lula selar a união entre o Executivo Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, e para o petista acenar a criação de um novo elo com as Forças Armadas do Brasil.
Em carro aberto e ostentando a faixa presidencial atravessada no peito, Lula desfilou no Rolls-Royce presidencial com a primeira-dama Janja Lula da Silva e chegou à tribuna das autoridades recepcionado pelo ministro da Defesa, José Múcio — principal interlocutor entre a alta cúpula de Exército, Marinha e Força Aérea e o petista. Na estrutura voltada para a Esplanada dos Ministérios, Lula se sentou no centro, bem à esquerda do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.
A poucos metros dali, o advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para a cadeira de Weber, que está a 14 dias da aposentadoria, conversou por vários minutos com interlocutores do Governo Federal, entre eles o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Além de Messias, Lula avalia as indicações do ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, para o lugar da ministra, que completará 75 anos em outubro.
O petista seguiu à risca o protocolo da cerimônia cívico-militar e optou por não discursar para o público. Às 14h, Lula embarca para a Base Aérea de Recife, de onde seguirá viagem rumo a Nova Déli, na Índia, para participar do encontro da cúpula do G20.