A defesa do hacker Walter Delgatti Netto afirmou que vai avaliar se o cliente vai responder aos novos questionamentos que serão feitos pela Polícia Federal, em novo depoimento, que acontece na sede da instituição, em Brasília, nesta sexta-feira (18).
O advogado Ariovaldo Moreira disse, na chegada à PF, que não entende o motivo do novo depoimento do hacker. “Eu não sei qual é a intenção da autoridade policial, não sei quais são os questionamentos que entende a autoridade que seja necessário dar hoje. Vou avaliar o que a autoridade policial tem a questionar, e orientar o Walter se ele responde ou não. Digo isso porque o Walter já deu todos os esclarecimentos”, afirmou.
Moreira garantiu que o hacker irá provar que esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 10 de agosto de 2022, no Ministério da Defesa. No encontro, eles teriam tratado de um suposto plano para fraudar as urnas eletrônicas. “Não há dúvidas de que Walter esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na data de ontem, o filho de Bolsonaro (senador Flávio Bolsonaro (PL)) confessou isso. Walter esteve no Ministério da Defesa quando falou com Bolsonaro e no dia seguinte também”, revelou o advogado.
Delgatti afirmou na última quinta-feira (18), em depoimento à CPMI dos Atos Antidemocráticos, que houve um pedido para que ele inserisse um código-fonte falso para levantar suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas. O hacker também revelou, em depoimento à CPMI, que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo, que teria sido realizado contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.