Vereadores barram tarifa zero nos ônibus de BH aos domingos e feriados

A maioria dos integrantes da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) decidiu, nesta quarta-feira (16), barrar a concessão de tarifa zero nos ônibus da cidade aos domingos e feriados. Vinte e seis vereadores optaram pela manutenção do veto do prefeito Fuad Noman (PSD) a um dispositivo que tratava do passe livre. As gratuidades estavam previstas no projeto de lei (PL) que trata da concessão de R$ 512,8 milhões aos concessionários dos coletivos.

Outros 13 parlamentares se manifestaram favoravelmente à tarifa zero aos domingos e feriados. Houve, ainda, uma abstenção.

Atualmente, a tarifa-base do sistema de ônibus em BH custa R$ 4,50. Para custear as gratuidades, seria preciso repassar aproximadamente mais R$ 25 milhões às empresas de ônibus.

Dois lados

Segundo a vereadora Iza Lourença, do Psol, as gratuidades em dias específicos poderiam servir como teste para a tarifa zero universal, defendida por movimentos sociais ligados à mobilidade urbana.

“O modelo de tarifa zero aos domingos e feriados pode ser um grande exemplo de como funcionaria o modelo de tarifa zero na cidade”, defendeu.

A ideia de gratuidade aos domingos e feriados foi apresentada por meio de emenda feita Irlan Melo (Patriota). A articulação foi do Movimento Tarifa Zero.

Embora não seja da base aliada a Fuad, Fernanda Pereira Altoé (Novo) fez críticas à proposta.

“Não podemos fazer emendas a projetos do Executivo aumentando o valor do orçamento. Deveria estar previsto o uso dos R$ 512 milhões (do subsídio às empresas) para que essa gratuidade fosse válida”, justificou.