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Mineira vai comandar setor de Políticas Públicas para as Juventudes da UNE

Laura Costa, ligada ao PSB no estado, vai compor diretoria liderada pela presidente Manuella Mirella

Laura Costa vai compor a cúpula da UNE

O movimento estudantil de Minas Gerais conseguiu emplacar uma representante na cúpula da União Nacional dos Estudantes (UNE). Graduada em Relações Internacionais, Laura Costa é a nova diretora de Políticas Públicas para as Juventudes na Instituição. Ela foi escolhida para o posto na sexta-feira (11), a reboque da eleição, em julho, de Manuella Mirella para a presidência da UNE.

Filiada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), Laura Costa atua na direção do partido em Belo Horizonte. A articulação que a levou a um posto de liderança na UNE está ligada à Juventude Socialista Brasileira (JSB), um dos setoriais da legenda. À Itatiaia, ela listou as prioridades do mandato, previsto para durar dois anos, e citou tópicos como combate às desigualdades e inclusão digital.

“Temos de investir em escola integrada, no bolsa Ensino Médio, por exemplo, e em formas de o aluno conseguir, realmente, estudar. A gente sabe que, para quem mais precisa, infelizmente estar na escola ainda é um desafio”, diz. “Nesse pós-pandemia, a gente sabe que a evasão escolar da juventude foi muito grande. Principalmente para quem mais precisa”, completa ela, ativista em pautas como os direitos das mulheres, os Direitos Humanos e o Meio Ambiente.

Laura defende, também, a aplicação de recorte de gênero para diminuir o número de jovens que abandonam o ensino formal. “A gente sabe o quanto a evasão escolar de meninas é uma realidade muito grande. Quero ter esse foco. Minas é um estado em que os dados mostram muito isso”, pontua.

A nova diretora da UNE se candidatou a deputada federal pelo PSB mineiro no ano passado. Agora, advoga em prol do ensino de noções básicas de Cidadania e Direito nas escolas, bem como a favor da apresentação, aos alunos, de pontos básicos da Constituição Federal.

UNE ganha impulso com Lei de Cotas

Na semana passada, ao aprovar os termos da revisão da Lei de Cotas, a Câmara dos Deputados deu aval a instrumento que torna permanente a política de inclusão das minorias no ensino superior. A Lei de Cotas enquanto política permanente era bandeira da UNE, que em 2022 chegou a lançar uma campanha sobre o tema.

“O objetivo (na direção da UNE) é fazer políticas públicas desde o nível municipal, pensando no combate às desigualdades que ainda temos na educação e no fortalecimento das políticas de bolsa de estudo. A UNE teve articulação muito direta na manutenção da Lei de Cotas”, aponta Laura Costa.

A lista de mudanças aprovadas pelos deputados federais vai, de fato, ao encontro do que prega a nova direção da UNE. Os parlamentares deram aval, por exemplo, a mecanismo que dá aos cotistas prioridade para receber auxílios estudantis como as bolsas permanência. Assim como Laura, a relatora do processo de revisão da lei, Dandara Tonantzin (PT-MG), apontou o apoio financeiro como um caminho para coibir a evasão.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.