A ministra Anielle Franco da Igualdade Racial chorou e lembrou o assassinato da irmã Marielle Franco, que completaria 44 anos nesta quinta-feira (27), durante encontro do Conselhão para criação da Comissão Temática de Combate às Desigualdades, no Palácio do Planalto. “Hoje [aniversário de Marielle] está sendo um dia muito emotivo para mim. Meu pai e minha mãe já me acordaram me emocionando hoje”, citou. “Talvez, se há seis ou sete anos pudéssemos ter falado sobre violência política, minha irmã poderia estar viva”, acrescentou.
Antes do início da reunião, ministros homenagearam Marielle Franco reprisando um trecho de um discurso da vereadora carioca, e a irmã Anielle chorou. O aniversário de Marielle acontece dois dias após a operação da Polícia Federal (PF) decorrida da delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado nos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
As confidências de Queiroz levaram à prisão do ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Corrêa. As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indicaram que o ex-militar trocou as placas do veículo usado nos assassinatos e se desfez das cápsulas e munições.
“Muito bem pago”, diz Anielle Franco
Mais cedo, na chegada ao Palácio do Planalto, a ministra Anielle Franco elogiou a investigação da Polícia Federal (PF) para desvendar os homicídios de Marielle e do motorista Anderson, assassinados no Rio de Janeiro em março de 2018. Ela declarou que acredita haver um mandante. “Ninguém cometeria um crime daqueles sem ter sido muito bem pago, né? Primeiro pela dificuldade. Segundo pela questão que envolve não só o carro, mas a arma usada no crime”, disse à CNN Brasil.
